quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

!MUITO PRAZER!

!MUITO PRAZER!


A hora é agora
O momento é já
O passado lá fora
O futuro virá
Não, não dá pra fugir
Não dá mais pra escapar
O lugar é aqui
O momento é já
Não se pode adiar...
Nem adiantar...
Hoje é o dia D
Agora é hora H

Não há termos nem prazos
Nem chance de anonimato
A pessoa é você
No segundo imediato
Não há outro caminho
Nem outra cercania
Tem que ser sozinho
Auto companhia
Tem que estar aberto
E fechado em si
Não há método certo
Tentar é conseguir

!Muito prazer!
Quero te apresentar a você

Letra mais recente dos Ilhados Aqui... Achei uma das melhores....

domingo, 12 de dezembro de 2010

CARA À TAPA

O que se entende por essa letra???

CARA À TAPA

eu que dava minha cara à tapa
fiquei com a cara no chão
vesti a carapuça
à palmatória dei ã mão

eu que botava minha mão no fogo
saí com o filme queimado
sem deitar na cama
levei a fama em meio ao mar de lama

eu que acendia velas
caí do cavalo
e quanto maior, maior a queda
no meio do caminho tinha uma pedra...

eu que dava minha cara à tapa
fiquei com cara de tacho
e quebrei a cara
o buraco era mais embaixo

eu que botava minha mão no fogo
de olhos fechados
tive que ver pra crer
o pior cego é o que não quer ver

eu apostava todas as fichas
mas a ficha caiu!
e quanto maior, maior a queda
no telhado de vidro cai a pedra....

é sempre assim
quando parece que tá tudo bem
algo aparece, não é bem assim
e parece até que não sobra ninguém

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Olhares, sorrisos e garrafas d’água

“Como assim? Eu imaginava olhares, sorrisos e garrafas d’água... Quer dizer que a banda é só você e o computador?”


Foi assim que uma amiga virtual comentou ao saber que os arquivos de músicas minhas que passava para ela eram forjados no meu quarto, com ajuda de um programa de gravação através do qual eu podia montar a bateria e o baixo de forma artificial.

O tempo passa e ontem fizemos a primeira gravação (tosca, admitimos) de um ensaio da Ilhados Aqui.

Não havia garrafas d’água, mas olhares e sorrisos estavam lá.

Juntamente com erros, desafinações, atropelamentos de tempo, esquecimento de acordes, letras cantadas erradas... E muito prazer!

Pela manhã só se falava disso no universo da Ilhados Aqui (restrito a nós 3, por enquanto).

São 8 arquivos de mp3 devidamente dissecados incessantemente nos fones de ouvidos das estações de trabalho de cada um.

Sim, trabalhamos juntos.

Paradoxalmente, o trabalho que nos limita a possibilidade de dedicação à banda, é o mesmo que proporcionou a oportunidade de estarmos juntos, além de bancar os gastos materiais de quem resolve montar uma banda pós-adolescência que não pode mais contar com o natural “pai-trocínio”.

No que vai dar?

A única certeza no mundo da Ilhados Aqui é que haverá sorrisos, olhares, erros e prazer na próxima quinta. E em vez de garrafas d’água, uma cerveja gelada quando terminar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MUNDO DA FANTASIA

Primeiro eu compunha as músicas no violão imaginando arranjos de guitarra, baixo e bateria e uma voz decente cantando as músicas;

Depois passei a criar os arranjos de bateria e baixo através de um programa de gravação, sendo que eu tocava a guitarra e cantava;

Mais tarde, um amigo passou a tocar o baixo e eu com a guitarra e voz, usando uma bateria eletrônica;

Agora, um baterista se une a nós e já posso dizer que tenho uma banda, em que cada um faz sua parte.

O choque de realidade entre as primeiras versões das músicas fantasiadas no passado, com o som que estamos fazendo hoje, e as possibilidades da minha voz, foi grande.

Mas o pior som feito no mundo real é muito melhor do que o melhor som feito apenas na minha cabeça.

Amar e mudar as coisas me interessa mais.

MUNDO DA FANTASIA

“Credo, olha que perna de pau!”
“Se eu treinasse não jogaria tão mal”
“Nossa, mas que discurso ruim!”
“Daria um show, mas não estou a fim”

E você, que critica, mas não tenta
Ei, você, que condena sem saber
É, você, que não arrisca e se contenta
Diz aí, o que faz pra merecer?

“Ah, se eu quisesse, eu faria”
“Iria executar com maestria”
“É, eu mandaria muito bem”
“Não deixaria a desejar para ninguém”

E você, que diz que faria melhor
Por que não faz, e fica apenas no gogó?
E você, que acha que poderia
Porque não sai do mundo da fantasia?

É fácil falar
É fácil dizer
Quero ver ralar
Quero ver fazer

Quem tenta tentar
E assume se expor
Mais chance de errar
Muito mais valor

terça-feira, 5 de outubro de 2010

DEMOCRACIA

Há pouco tempo atrás eu estava defendendo um candidato como Serra e alguns queridos amigos e primos estavam do outro lado, certamente o chamando de "baderneiro" por ter sido presidente da UNE e lutado contra a ditadura.


Hoje, Serra é "o outro lado" e eu, meio constrangido e muito decepcionado, mas pragmático na obrigação da escolha do "menos ruim", opto por Dilma apenas no 2o turno, acusada por eles de guerrilheira e terrorista.

O primeiro sintoma da evolução da recente (re) democracia no Brasil, é a divisão política entre PT e PSDB, relegando a DEM e PMDB papéis de coadjuvantes no cenário nacional.

O próximo passo dessa evolução será o surgimento de uma 3a força mais ética e preparada do que PT e PSDB para disputar o protagonismo político.

Em 2006 foram 9% dos votos par a 3a via. Este ano já foram 19%!

Devagarinho nossa democracia vai evoluindo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

sexta-feira

Quando a gente fica ansioso para chegar sexta à noite, não para cair na noite, e sim por finalmente poder ter uma boa noite de sono, isso é sinal de decadência física, fracas opções na cidade, ou princípio de depressão?

Hum... no meu caso acho que é a porra da apnéia...

PS: hoje talvez tenha rolado o primeiro ensaio da primeira formação power trio da banda Ilhados Aqui. Quem viver, verá!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vendendo pulseirinha em Morro de São Paulo

Toda vez que eu pego um trânsito punk, eu começo a refletir sobre essa louca vida urbana que vivemos.


E já que não dá pra contar com uma solução a médio prazo dos gestores públicos para o trânsito cada vez mais caótico e como não sou macho o bastante pra largar tudo e vender pulseirinha em Barra Grande, penso que já está na hora da própria sociedade buscar alternativas.

Todo mundo sair na mesma hora e voltar na mesma hora pra casa não dá, né?!

Por que empresas e órgãos públicos não vislumbram turnos com horários flexíveis e alternativos?

Sei que isso já é uma realidade em algumas empresas de negócios ligados à criatividade e tecnologia, e até em alguns poucos órgãos públicos cujos funcionários trabalham visando tarefas e metas, sem horários tão fixos, mas, pelo menos em Salvador, pelo que eu saiba, são raríssimas exceções.

Porra, bastava o Governo do Estado adotar horários alternativos, que aquele Centro Administrativo já desafogava a cidade. Adoraria trabalhar de 11 às 21h, por exemplo. Ou então se dividia em 2 turnos... 06h às 16h, pros malucos que acordam muito cedo e 12h às 22h, para os vespertinos... Dava direito de escolha... E ainda ia ganhar produtividade...

Podia-se também adotar o regime de 6h de trabalho diários... Li outro dia algum estudo de que, quanto mais tempo a pessoa passa na empresa, menor é sua produtividade. Efetivamente se desperdiça muito tempo.

Pronto... dava certinho: primeiro turno, sei lá de 10 às 16, e o segundo de 16 às 22h. Show... Dispersava os engarrafamentos, se ganhava em produtividade e qualidade de vida. Votem em mim. Meu número é...

Em paralelo a isso, a onda dos empreendimentos imobiliários é apostar no conceito de “tudo num só lugar”. Morar e trabalhar no mesmo bairro, e quem sabe até, no mesmo prédio! Que vai ter a academia e shopping embutidos.

Esse conceito só tem razão de ser, em função de um trânsito absurdo.

Porque há uns 25 anos, eu morava na Pituba, estudava em Ondina e meu pai que trabalhava na Piedade me pegava na escola, almoçava em casa, descansava, e voltava pra Piedade, em menos de 2 horas.

Hoje fiz exatamente Pituba/Ondina em 1h. E sem parar em lugar nenhum.

De fato, pode ser muito mais confortável... Mas sei não... Dá uma sensação de claustrofobia. Sair do escritório, subir um elevador e chegar no AP. Dormir e no outro dia descer o elevador e chegar na empresa... O vizinho é o colega de trabalho... Estranho. Tenho medo de que vamos nos dar conta que passamos uma semana inteira sem ver nem sentir a luz do sol.

O mais legal talvez seria morar perto do trabalho para ir andando ou de bicicleta. Aí sim, seria gostoso. 15 mim a pé ou de bike.

O foda é que com essa lua de Salvador, o escritório tinha que ter pelo menos um chuveirão pra tirar o suor. Complica também...

Difícil essa vida urbana...

Tô começando a pensar em aprender a fazer a tal da pulseirinha...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EITA MUNDINHO CHATO...

07/09/2010 - 12h48

Musa da natação australiana perde patrocínio e carro por derrapada no Twitter
DE SÃO PAULO

Tricampeã olímpica nos Jogos de Pequim-2008, a australiana Stephanie Rice perdeu um milionário contrato com a Jaguar devido a um comentário homofóbico em seu Twitter. "Chupem essa, seus gays", disse ela após a vitória no último minuto de seu país sobre a África do Sul, sábado, em um jogo de rúgbi.





Stephanie pediu desculpas, em vão.


A nadadora de 22 anos, considerada uma das musas do esporte, chegou a apagar o texto e pediu perdão publicamente depois de o episódio ganhar repercussão. A fabricante de carros luxuosos, porém, não aceitou o incidente e encerrou o patrocínio.


"Decidimos pôr fim ao acordo com ela", anunciou o porta-voz da Jaguar, Mark Eedle. "Seu comportamento não condiz com a maneira que pretendemos relacionar nossa imagem. Não é uma associação que poderia seguir em frente".


Na Olimpíada chinesa, a atleta ganhou os 200 e 400 metros medley, além do revezamento 4 x 200 metros livre. Hoje, está momentaneamente afastada das piscinas em função de uma cirurgia no ombro, na última semana."

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/795112-musa-da-natacao-australiana-perde-patrocinio-e-carro-por-derrapada-no-twitter.shtml

PQP... Eita mundinho chato esse que estamos forjando... Não se pode mais comemorar o gol, dançar na vitória, fazer gozações... Tudo ofende, tudo é politicamente incorreto. Credo!


Peloamordedeus, comentário homofóbico!? Depois de uma vitória nos últimos segundos no rúgbi dizer “chupem seus gays” é homofobia?! Que absurdo...

Tentando explicar (soa ainda mais patético): rúgbi é um esporte viril, no caso, praticado por homens, sejam eles homo ou heterossexuais. Após a vitória, desabafar, provocar, com um “chupa” é a coisa mais normal do mundo. E num esporte cujas características mais explícitas são força, velocidade, choque, combate, (elementos bastante masculinos), nada mais normal do que dizer aos derrotados “Tomem seus fracotes”, “Recebam seus lerdos”, “Chupem seus gays”.

A comunidade dos anorexos iria ficar ofendida por causa do “fracotes”? A comunidade baiana vai chiar pelo “recebam seus lerdos”? (um a parte: eu sou baiano).

Não consigo entender... Acho que nem os gays estavam nem aí pra isso aí... Um gay se ofende se chamarmos um homem heterossexual de gay? Imagino que não...

Aí vem a Jaguar e faz isso... Tira o patrocínio da menina... "Seu comportamento não condiz com a maneira que pretendemos relacionar nossa imagem. Não é uma associação que poderia seguir em frente". PQP!

Que empresa idiota essa Jaguar... Nunca mais comprarei um carro na mão dela....rsrsrs.

E se é pra ser politicamente correto, vamos analisar a Jaguar... Não seria politicamente incorreto anunciar um carro que chega a 300 km/h, se o máximo de velocidade permitida nas cidades não passa de 110 km/h? Tanta gente que morre por excesso de velocidade... Não seria menosprezo fazer chamadas para um veículo exclusivo, enquanto tem gente morrendo de fome? Ah, faça-me o favor... Se a gente der brecha, tudo pode ter conotação politicamente incorreta.

Tem até um imbecil querendo propor uma proibição de se falar palavrão nos estádios de futebol... É tão surreal, que nem engraçado mais é...

Agora a nadadora aí, vacilou. Não vacilou no que disse, vacilou quando foi chorar e pedir desculpas... Porra... Peitava a opinião pública, dizia que não tinha nada de homofóbico naquele dizer, que era uma provocação ingênua, boba, que mantinha o que disse e não se arrependia de nada. Pronto. Sairia maior do que tinha entrado nessa “polêmica” imbecil.

Aliás, não são as polêmicas que têm aumentado, o mundo é que está ficando muito babaca.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AMAR E MUDAR AS COISAS

A curtição agora é aprender a tocar e cantar as músicas que componho. Parece brincadeira, mas uma coisa é gravar voz e guitarra separadamente, concentrado numa ou noutra atividade, e outra é executar ambas ao mesmo tempo.

Para mim, ainda é difícil. Fazer uma base de guitarra bem básica até que é tranqüilo, pois toco praticamente como toco violão, que é minha referência de instrumento da vida toda. Mas fazer algumas firulas com a guitarra cantando ao mesmo tempo, ainda é complicado. Até porque tenho que fazer um esforço tremendo para cantar, pelo menos, pessimamente.

Praticar, praticar, praticar. 20% talento e 80% suor, ouvi dizerem certa vez. E é verdade. Ainda mais para quem não é um músico virtuoso, como eu.

O foco é trazer a fantasia de ter uma banda para o mundo real. Se fosse fácil, não teria graça, meu pai repete sempre.

É o que vi de inspirador na letra de Belchior transcrita no post anterior:

“eu não estou interessado em nenhuma teoria
nessas coisas do oriente, romances astrais
minha alucinação é suportar o dia-a-dia
meu delírio é a experiência com coisas reais

amar e mudar as coisas me interessa mais”

Vamos seguindo em frente. O Bassman também tem evoluído bastante, já que pra ele, também, o violão era o instrumento com que estava acostumado durante toda a vida.

Como não estamos a fim de montar uma dupla sertaneja (pelo menos, por enquanto), trocar os violões pela guitarra e baixo ainda é nosso caminho.

E quarta-feira vamos tocar no estúdio novamente. Incrível como lá o som soa muito mais poderoso do que em casa, o que é óbvio. Provavelmente teremos a companhia de um parceiro do trabalho que estava a fim de tocar com a gente. Tudo combinado ele perguntou ao Bassman: “e aí, vou tocar baixo ou guitarra quarta-feira?”.

“Rapaz, você vai tocar bateria...” rsrsrs. Vamos ver...

Amar e mudar as coisas me interessa mais!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DA SÉRIE: "MÚSICAS QUE QUERIA TER ESCRITO" II

ALUCINAÇÃO
Composição: Belchior

eu não estou interessado em nenhuma teoria
nessas coisas do oriente, romances astrais
minha alucinação é suportar o dia-a-dia
meu delírio é a experiência com coisas reais

amar e mudar as coisas me interessa mais

domingo, 15 de agosto de 2010

DA SÉRIE: "MÚSICAS QUE QUERIA TER ESCRITO"

"um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão
sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão

somos quem podemos ser / sonhos que podemos ter..." (humberto gessinger/ engenheiros do hawaii)

Acho que a chave está em encontrar o equilíbrio entre a consciência das limitações e a capacidade de sonhar...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ENTRE DÚVIDAS E INCERTEZAS

O momento de transição entre as dúvidas que paralisam e as incertezas que impulsionam parece ser libertador...



segunda-feira, 2 de agosto de 2010

TALVEZ

tenho tanto a buscar
muitas coisas para ver
captar ondas no ar
além da antena da tv
tenho muito a enfrentar
porta afora do ap
conhecer novo lugar
ir adiante é meu dever

mas será que vai adiantar
lutar tanto pra ir tão distante
se na viagem eu não encontrar
o que me fez ser um viajante

tenho tanto a tentar
aprender a aprender
ser livre para arriscar
perder o medo de perder
temo tanto hesitar
e o êxito não ver
tenho tempo pra pensar?
ir adiante é meu dever

mas será que vai adiantar
lutar tanto pra ir tão distante
se na viagem eu não encontrar
o que me fez ser um viajante

não sei
se vai valer a pena
talvez
seja medo meu apenas
não sei
se vai valer a pena
talvez

tenho tanto a tentar
a juventude a minha mercê
torturas ficam a me tentar
a uma atitude ter
temo tanto ostentar
as virtudes que acho ter
contudo devo aproveitar
pra não adiar o dia de viver

mas será que vai adiantar

lutar tanto pra ir tão distante
se na viagem eu não encontrar
o que me fez ser um viajante

não sei

se vai valer a pena
talvez
seja medo meu apenas
não sei
se vai valer a pena
talvez

Já mudei a letra de "Talvez" algumas vezes, mas agora pode ser que tenha chegado ao ponto. Talvez...

O áudio, em breve...

terça-feira, 27 de julho de 2010

“COMO A MAIORIA”

“Fiz o trabalho profissional, que tenho certeza que a maioria iria fazer no meu lugar", explicou Felipe Massa, após ceder 1º lugar para Fernando Alonso, no GP da Alemanha.

Agora ficou tudo claro. Massa se despediu do círculo que rondava e tentava arduamente se firmar, reservado para os foras de série, os incomuns, os vitoriosos, e passou a andar pelo caminho da maioria, dos normais, dos ordinários.

Entre 22 pilotos no grid de largada, apenas 1 vence a corrida. Ao longo de um campeonato, alguns vencem corridas, mas só 1 é campeão. Ser vitorioso no esporte (e porque não, na vida) é tarefa para os incomuns, para os diferentes, para os que têm algo mais, e não para a maioria. É coisa para poucos.

Não é a maioria que vence. Não é maioria que faz a diferença.

Os foras de série também são aqueles que questionam a ordem vigente. São aqueles que não se curvam às ordens moralmente inaceitáveis. São os que lutam diante de injustiças. São os que em vez de se oporem calados, ardem, agem hoje, erguem, invadem. Não vêem graça em fazer vista grossa e arrebentam a corda, quando não estão de acordo. Não lavam as mãos nem dão as costas, mesmo que não tenham costas largas.

Mas, infelizmente, no último domingo, Felipe Massa fez como Rubinho, como Nelsinho, como a maioria.

!PARTE!
eu quero abrir os olhos
porque não vejo graça
em fazer vista grossa
eu quero acordar
eu não estou de acordo
quero arrebentar a corda

!parte!
!chega perto!
arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

não vou lavar as mãos
porque tenho as mãos limpas
eu vou na contramão
não tenho costas largas
mas não vou dar as costas
é melhor me largar agora

!parte!
!chega perto!
!arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

... outra vez
sempre é tempo...
... outra vez
sempre há tempo...

!parte!
!chega perto!
!arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade... !outra vez!

sábado, 17 de julho de 2010

Quebra negona = Shake it up baby?

Há algumas semanas, inocentemente, entrei numa discussão com leitores de um blog sobre rock baiano (http://rockloco.blogspot.com/ - muito legal), ao defender, dentro do assunto que se falava no blog, que a Axé Music já merecia mais respeito dentro do universo da música. Defendia e assim entendo, que existe muita coisa musicalmente relevante e bem feita na axé music e que a má vontade com que roqueiros viam esse estilo musical ia até de encontro com o sentido de ser do próprio rock, que nasceu como uma música simples, tecnicamente falando.

O auge da minha provocação foi dizer que era contraditório cobrar apuro musical ou letras elaboradas da axé music, quando Legião Urbana surgiu com músicas simplérrimas de 3 acordes e os Beatles, pelo menos no início da carreira, tinham letras bobas e vazias – vide Twist and Shout, cuja letra poderia muito bem ser encaixada numa melodia de axé – desferi.

Inevitavelmente surgiram alguns leitores do blog me chamando de delirante axezeiro, que estava cometendo uma heresia dessas imperdoáveis. Aprendi, inclusive, que Twist and Shout, apesar de gravada pelos Besouros, não havia sido composta por eles.

Pois bem, discussão superada, qual não foi minha surpresa quando, há 10 minutos atrás, ouvi no rádio uma música chamada “Quebra Negona” do “Raghatoni” (o marido de Sheila Carvalho, ex dançarina do É O Tchan). Pois não é que Quebra Negona é uma versão de Twist and Shout! Cheia de suingue, cheia de axé, mas definitivamente uma versão de Twist and Shout!

A princípio fiquei surpreso com essa gravação. Será que ele obteve a devida autorização por parte de quem cuida dos direitos dos Beatles, para gravar essa versão?

Lembro-me que Rita Lee, ao lançar um cd só com músicas dos garotos de Liverpool - algumas delas com versões em português – não conseguiu autorização para gravar uma versão de “I Wanna Hold Your Hand”, pois substituíra a letra original por uma fábula em português vivida por um bode e uma cabra, cujo clássico refrão “i wanna hold your haaaaaaaaaaaand” virava “o bode disse méeeeeeeeeeeeeeeeee”...

Se os detentores dos direitos do Beatles foram criteriosos a ponto de vetar uma versão bem humorada de uma música para Rita Lee, temerosos com a falta de fidelidade com a original, por que haveriam de autorizar uma versão de Twist and Shout chamada “Quebra Negona” e cantada pelo Raghatoni?

Foi aí que comecei a refletir: será que a tradução “shake it up baby” aqui na Bahia não seria exatamente “Quebra Negona”?

Será que não existe algo de preconceito ou discriminação de nossa parte, ao achar uma música em inglês linda quando canta “i love you” e achar brega uma música nacional que canta “eu te amo”?

Idolatramos jovens roqueiros ingleses, filhos do proletariado europeu, mas detonamos as manifestações culturais das classes mais populares do nosso país...

Talvez a transformação mais fiel de uma música inglesa que canta “shake it up baby” para uma música baiana, seja justamente “quebra negona”, por mais que isso doa aos ouvidos.

E dói, viu...

PS: seguem abaixo as versões original e traduzida de Twist and Shout, de acordo com o www.terra.com.br

Twist And Shout
The Beatles
Composição: Phil Medley / Bert Russell

Twist And Shout

Well, shake it up baby now (Shake it up baby)
Twist and shout (Twist and shout)
Come on, come on, come, come on baby now (Come on baby)
Come on and work it on out (Work it on out)

Well work it on out, honey (Work it on out)
You know you look so good (Look so good)
You know you got me goin' now (Got me goin')
Just like I knew you would (Like I knew you would)

Well, shake it up baby now (Shake it up baby)
Twist and shout (Twist and shout)
Come on, come on, come, come on baby now (Come on baby)
Come on and work it on out (Work it on out)

You know you twist, little girl (Twist, little girl)
You know you twist so fine (Twist so fine)
Come on and twist a little closer now (Twist a little closer)
And let me know that you're mine (Let me know you're mine)

Gire e Grite

Bem, dance agora baby (dance agora)
Gire e grite (gire e grite)
Vamos, vamos, vamos, vamos lá baby (vamos lá baby)
Vamos lá, vamos dar certo juntos (vamos dar certo juntos)

Bem, vamos dar certo juntos, amor (Vamos dar certo juntos)
Você sabe que está tão bonita (Está tão bonita)
Você sabe que você me tem agora (me tem)
Assim como eu sabia que o faria (como eu sabia que o faria)

Bem, dance agora baby (dance agora)
Gire e grite (gire e grite)
Vamos, vamos, vamos, vamos lá baby (vamos lá baby)
Vamos lá, vamos dar certo juntos (vamos dar certo juntos)

Você sabe que gira, garotinha (gira, garotinha)
Você sabe que gira tão bem (gira tão bem)
Vamos, gire um pouco mais perto agora (gire um pouco mais perto)
E me deixe saber que é minha (me deixe saber que é minha)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

TOP 10

Ontem, me parece que foi o dia mundial do rock. Na falta de um texto inspirado, segue uma listinha com as bandas de rock que mais gosto ou mais gostei durante a vida...

São bastante pessoais, sem qualquer pretensão de ser uma lista definitiva. É o que lembro no momento. Às vezes dá uma ressaca moral de não terem algumas bandinhas undergrounds (o que revela minha total preguiça de conhecimento). Às vezes, acho bacana...

TOP 10

1. Engenheiros do Hawaii

2. Legião Urbana

3. Oasis

4. Guns´n Roses

5. Green Day

6. U2

7. Dire Straights

8. Ultraje a Rigor

9. The Verve

10. Coldplay

domingo, 27 de junho de 2010

MUNDO DE COVARDES

No mundo de covardes
A verdade é prisioneira
A vaidade é quem governa
Todo chuva é passageira
E se entrarmos numa caverna sem luz
A escuridão será eterna

A esperança é um escudo
Pros que têm medo da espada
E que diante do escuro
Não fazem nada

Pois no mundo de covardes
Opressão sempre é a lei
E os que pensam que são livres
Vivem como quer o rei
E se escondem em velhos livros de história
E só assim se sentem vivos

O passado é aliado
E o futuro alivia
Os que querem a garantia
De mais um dia

No mundo de covardes
Quem parece ser herói
Só pensa na recompensa
E no fim nada constrói
E é fácil de entender o porquê
Um herói não tem nada a temer

Esse jogo é um fogo
Que arde sem morrer
O covarde é quem tem medo
De perder o poder
Do mundo de covardes

No mundo de covardes
Prevalece a cor verde
E é esse o alicerce
Que domina nossa sede
Toda chuva é passageira
Toda chave é vista como brincadeira

No mundo de covardes
Sempre é muito tarde

No mundo de covardes
Eles estão por todo lado
Os que se impõem pela força
E aqueles que se opõem calados
A liberdade é uma farsa
E nossa face não disfarça a humilhação

No mundo de covardes
Sempre é muito tarde

Agora sim, a letra completa de "Mundo de Covardes". A música pode ser conferida agora no www.myspace.com/ilhadosaqui e em breve aí do lado. Gosto muito dessa letra, e o título tem inspiração em "Terra de Gigantes", dos engenheiros do hawaii, apesar do conteúdo das letras não ter muita relação.

6 minutos. No mundo de hoje ainda é possível dedicar 6 minutos para ouvir uma música? 

Espero que curtam. Curti muito fazer.

Abraços

quarta-feira, 9 de junho de 2010

UM HERÓI NÃO TEM NADA A PERDER

No mundo de covardes
Quem parece ser herói
Só pensa na recompensa
E no fim nada constrói
E é fácil de entender o porquê:
Um herói não tem nada perder

Esse jogo é um fogo
Que arde sem morrer
O covarde é quem tem medo
De perder o poder
Do mundo de covardes

domingo, 6 de junho de 2010

OPRESSÃO SEMPRE É A LEI

No mundo de covardes
Opressão sempre é a lei
E os que pensam que são livres
Vivem como quer o rei
E se escondem em velhos livros de história
E só assim se sentem vivos
O passado é aliado, e o futuro alivia
Os que querem a garantia de mais um dia...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A ESPERANÇA É UM ESCUDO

No mundo de covardes
A verdade é prisioneira
A vaidade é quem governa
Toda chuva é passageira
E se entrarmos numa caverna sem luz
A escuridão será eterna
A esperança é um escudo
Pros que têm medo da espada
E que diante do escuro
Não fazem nada...


Em breve num blog perto de vc

segunda-feira, 31 de maio de 2010

REFLEXÃO

Retomamos os ensaios no fim de semana passado, mas não conseguimos repetir a dose neste último fim de semana. Motivo: falta de tempo. Sabemos que para conseguirmos chegar ao objetivo de ser uma banda será preciso abrir mão de certos prazeres.

Talvez seja realmente complicado montar uma banda depois dos 30 já que a paciência e as possibilidades de tempo livre, não são as mesmas dos tempos de adolescência ou faculdade.

Talvez precisemos apenas nos focar um pouco mais, já que tempo = prioridade.

Nunca fui bom de cumprir compromissos muito certos no fim de semana, que sempre acho curtos demais.

E enquanto o delírio da mega sena não deixar de ser um delírio (lindo, diga-se de passagem, mas mesmo lindo, só um delírio), abrir mão do “ganha pão” que toma desde as manhãs aos inícios de noites, todos dias, fica fora de questão.

Então, começo a me questionar pra replanejar meu início de noite de cada dia, para que caiba tempo de um ensaio semanal. Mas, do que abrir mão? Pelada (baba, para nós baianos), aulas de tênis, guitarra ou canto?

Talvez um ajustezinho de horários, faça tudo caber nesse cotidiano intenso, que ainda convive com um MBA que me faz “perder” toda noite de uma semana, uma vez por mês.

Talvez não.

Acho que está na hora de utilizar todo o auto conhecimento que a maturidade dos 30 me deu (será?), reconhecer as próprias limitações de ação, de aprendizado, físicas, e apostar no que realmente importa.

E o que realmente importa?

Hora de olhar no espelho.

REFLEXÃO

Olhe no espelho e veja seu reflexo
Ao mesmo tempo por instinto há uma reflexão

É demorado e cansativo esse processo
Se arrastando lentamente como uma procissão

Pouco depois há um conflito, um protesto
Um medo e um pedido de proteção

Um desespero e a busca de um acesso
Qualquer caminho que leve à ascensão

(trecho de letra da música Reflexão, que compus há tempos e que não pretendo gravar por enquanto) 

terça-feira, 18 de maio de 2010

RÉ: 1 PASSO PRA TRÁS PARA DAR 2 PRA FRENTE

Eu e o Bassman estamos há semanas sem ensaiar. Além das obrigações de romances+trampo+estudo+prole+malhação estarem consumindo demais nosso tempo, pisamos no breque para dar uma aprimorada no negócio. Um freio de arrumação.

As aulas de canto têm revelado que geralmente componho minhas músicas em tons mais altos do que minha voz é capaz de cantar, o que acaba por potencializar a desafinação, que já é inerente.

O Sinatra aqui vem testando e experimentando transpor algumas músicas para tons mais confortáveis para sua linda voz, com algum sucesso.

O primeiro teste já está aí do lado; refiz os arranjos de !Parte! para cantá-la em RÉ, aproveitando também para aprimorar a guitarra e o baixo, que ficaram mais ricos e limpos, ao meu ver.

Quanto à voz, pode não estar um primor, mas pelo menos não se tem mais a impressão de posso ter um AVC cada vez que chega o refrão da música.

Acho que a próxima a sofrer esta transposição será UMA SÓ, que me parece também muito alta para meu timbre.

E enquanto isso, continuo na ansiedade para criar os arranjos e gravar as músicas Mundo de Covardes, If You Want To Play e Talvez que fecharão as 10 que comporão o disco, juntamente com O QUE FICOU PRA TRÁS I e II, QUALQUER DIREÇÃO, PÉ NO BREQUE, PRIMEIRO PASSO, UMA SÓ E !PARTE!.

Vamos indo devagar. O importante é que já demos o primeiro passo.

PRA QUEM ACORDA, NUNCA É TARDE!

!PARTE!


eu quero abrir os olhos
porque eu não vejo graça
em fazer vista grossa
eu quero acordar
eu não estou de acordo
quero arrebentar a corda

!parte!
!chega perto!
!arde!

Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

não vou lavar as mãos
porque tenho as mãos limpas
eu vou na contramão
não tenho costas largas
eu não vou dar as costas
é melhor me largar agora

!parte!
!chega perto!
!arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

... outra vez
sempre é tempo...
... outra vez
sempre há tempo...

!parte!
!chega perto!
!arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

terça-feira, 11 de maio de 2010

PRIMEIRO PASSO

Sempre gosto de pensar que quando estamos aparentemente sem opções, na verdade temos TODAS as outras opções. Uma vez ouvi ao fim de um namoro que, se por um lado, estava perdendo uma mulher, por outro, estava “ganhando” todas as outras. E pra alguém que gosta de paquerar, essa forma de enxergar o momento foi motivadora. Mas, mais do que um artifício para driblar a dor ou uma frustração, há uma verdade aí.

Certa vez ouvia um amigo desabafando sobre a perda de uma oportunidade profissional. Ao final do desabafo, ele mesmo já encarava com um ar (naquele momento, ainda forçado) otimista, de que todas as vezes em que uma coisa desse tipo havia acontecido no passado, foi para melhorar depois. E no caso dele, acabou sendo melhor, realmente.

É claro que se fala aqui de situações em que podemos, sim, dar a volta por cima. Tirando “saúde”, acho que se pode virar o jogo, recomeçar, buscar o melhor, em qualquer situação. Até com problemas de saúde vemos grandes exemplos de superação e recomeço, como vem nos provando os depoimentos reais a cada fim de capítulo da novela "Viver A Vida".

A música que estou postando agora fala de um lado disso. Ela se situa justamente no momento em que estamos parados diante do novo.

Propositalmente, ela será a segunda música do disco, logo após “O Que Ficou Pra Trás I”. Há um sentido nisso, para quem quiser enxergar. Ou são apenas duas músicas independentes também.

O fato é que volta e meia nós nos vemos novamente diante de um “primeiro passo”.

PRIMEIRO PASSO

Estou à beira de um caminho
Desconhecido pra mim
Estou à porta de entrada de uma estrada
Que não conheço o fim

Estou num labirinto
Com os olhos vendados
Não tenho o mapa da mina em plena neblina
De um campo minado

Não sei como dar o primeiro passo

Não há pegadas, pistas, placas
Apontando a direção
Auto-estima é um passo em falso e estou descalço
Sobre um alçapão

Muitas nuvens no céu
Encobrem o cruzeiro do sul
Sigo sem nenhum norte, muito menos sorte
À espera de uma luz

Não sei como dar o primeiro passo

E se ao menos eu pudesse voar
Pra do alto poder ver
Em que trilhas em posso passar
Quais atalhos devo percorrer

E se ao menos eu pudesse voar
Pelo céu, pelo espaço
Aí então poderia evitar
De dar o primeiro passo
Porque

Não sei como dar o primeiro passo

PS I: Esta também está num tom muito alto para meu timbre. Talvez fique melhor na voz do Zezé di Camargo... Quando achar o tom ideal, gravo novamente, melhorando os arranjos.

PS II: Retirei as outras músicas dos lado esquerdo, pois estavam deixando o blog muito pesado, demorando de abrir. Ficar trocando as músicas periodicamente pode ser interessante também: nunca se sabe quais músicas estarão aptas a serem ouvidas. Podemos brincar de "a música do dia também". Aos poucos, encontraremos o ponto. 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

SEDUTOR

O quanto pode ser pouco sedutor um homem por volta dos 30 que não sabe o caminho profissional a seguir? É grave?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

VIVOS

Se a morte é a única certeza da vida, termos dúvidas não seria então um sinal de que estamos vivos?

sexta-feira, 26 de março de 2010

MÚSICA NOVA: O QUE FICOU PRA TRÁS II - A VIAGEM NO TEMPO

Música nova que já pode ser ouvida aí do lado!


O QUE FICOU PRA TRÁS II - A VIAGEM NO TEMPO


Se tivesse dito
se tivesse feito
Certamente teria sido bem melhor

Se tivesse ido
Agido de outro jeito
O prejuízo talvez fosse bem menor

Mas não dá mais pra voltar atrás
Mas não dá mais pra voltar
 
Se tivesse escrito
Pensado direito
Certamente teria sido bem melhor
 
Se tivesse tido
Um pouco mais de peito
O prejuízo talvez fosse bem menor
 
Mas não dá mais pra voltar atrás
Mas não dá mais pra voltar

Dizem que é possível
Mas dizem ser improvável
Na verdade não é nada necessário
 
Mas não dá mais pra voltar atrás
Mas não dá mais pra voltar
Não, não dá mais pra voltar atrás
Não, não dá mais pra voltar

quinta-feira, 11 de março de 2010

DEPOIS DAQUELA ESQUINA

Enquanto não consigo terminar a gravação de O QUE FICOU PRA TRÁS II – A VIAGEM NO TEMPO (falta apenas um trechinho da bateria) descobri que o Leoni (aquele de “garotos como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher...”) está promovendo o segundo concurso de composição em seu site: www.leoni.com.br.

Uma bela iniciativa, o concurso consiste numa parceria de composição: o concorrente deve compor uma música para uma letra dele que já existe; no caso, um soneto. Exercício interessante. A avaliação do vencedor será feita por “votação popular” dos cadastrados do site, através dos vídeos que os compositores apresentarão tocando e cantando a junção da música com a letra.

Ainda estou pensando em participar, mas musicar uma letra pré-existente sempre foi mais complicado para mim. Sou muito mais eficiente fazendo o contrário: colocando letra numa melodia que já existe. Tenho dezenas de letras sem música. E a maioria das minhas músicas surgiu assim. Se bem que ultimamente letra e melodia vêm pintando simultaneamente.

Inclusive, foi essa lógica, de colocar letra numa melodia pronta, que pontuou o primeiro concurso de composição do Leoni, do qual participei com a letra DEPOIS DAQUELA ESQUINA. Gosto muito dessa letra. O vídeo do concurso deve estar perdido em algum canto do You Tube.

Infelizmente, não fui sequer classificado para a final do concurso, que contou com 10 finalistas... Acho que o critério de avaliação através de votação popular, permitiu que os concorrentes se esbaldassem de fazer lobby para que amigos, parentes, conhecidos, votassem em suas composições. Legítimo. Mas, eu, particularmente, não me motivei em mobilizar meus amigos, pois o que queria era um julgamento da letra e não da minha capacidade de arregimentar seguidores.

Por outro lado tenho humildade de admitir a “derrota” e a segurança de que fiz uma boa letra, dentro do que gosto, desejo e posso. Humildade e segurança devem andar lado a lado para manter nosso equilíbrio para não cairmos na armadilha da insegurança ou da arrogância.

Segue abaixo a letra que criei especificamente para o 1º concurso. Quem sabe não a aproveito para uma melodia minha mais pra frente:

DEPOIS DAQUELA ESQUINA

? O que virá depois daquela esquina?
Você fica ansiosa pra saber
Sem bússola e sem mapa da mina
Você quer todo caminho prever

? O que haverá por trás dessa cortina?
Só abrindo a janela para ver
A dúvida enlouquece e alucina
E o futuro chega sem dizer

Mas cartas de tarô não vão adiantar
Nem a leitura das linhas da mão
Jogue os búzios pro alto
Não são solução

E você quer saber o que é o destino
Eu digo: é folha em branco pra você
? Por que não vem comigo escrever?

E você quer saber o seu destino
Eu digo: tudo pode acontecer
? Por que não vem comigo, vem viver

? O que virá depois daquela esquina?
Você vive ansiosa pra saber
Pergunta sobre sorte, carma, sina
Te ensino que é impossível responder

? O que haverá por trás dessa cortina?
Só abrindo a janela para ver
A luz que entra cega e ilumina
A dúvida fascina e faz crescer

Mas cartas de tarô não vão adiantar
Nem a leitura das linhas da mão
Jogue os búzios pro alto
Não são solução

E você quer saber o que é o destino
Eu digo é folha em branco pra você
? Por que não vem comigo escrever?


E você quer saber o seu destino
Eu digo: tudo pode acontecer
? Por que não vem comigo, vem viver

segunda-feira, 8 de março de 2010

AO ATAQUE!

No ultimo domingo mais uma sessão: bateria gravada fixa, ele no baixo, eu na guitarra. O que estava redondo se aprimorou; o que não estava saindo, saiu. Ensaio. 20% talento e 80% suor. Erros + repetição + sorte = acertos. Ciclo da vida. A cumplicidade aumenta. Ele erra uma nota e eu noto. O ouvido ficando mais afiado, afinado, afinal. Meu erro também é sentido. E perdoado: não há tempo a perder. Individualidades no mesmo sentido. Isoladas, seriam muito pouco. Quase nada. O que seria uma banda senão instrumentos que tocam e trocam? Ao ataque!

quarta-feira, 3 de março de 2010

COM O CHEIRO E COM O SOM

Domingo tocamos por cerca de 4 horas na garagem lá de casa. Banda de garagem, no nosso caso, não é uma metáfora, nem um estilo. É uma realidade concreta.

Umas músicas já estão bem redondinhas, outras precisam de mais ensaio ainda. O mais bacana é como sentimos que o entrosamento vai crescendo a cada sessão; o que nos leva a querer tocar juntos mais e mais, driblando os obstáculos do cotidiano.

Agora, o mais legal do ensaio de domingo foi termos gravado pela primeira vez o som que fizemos juntos ao vivo. O baixista pegou seu I Phone (tecnologia e informática, sempre com ele) e gravou !Parte! e Uma Só, as duas mais bem tocadas do dia.

Bateria fixa da “pedaleira”, ele no baixo e eu na guitarra e voz.

Esperava uma gravação horrorosa, com instrumentos fora de tempo, muitos erros... Mas não é que ficou redondinho?!

A gravação nos surpreendeu positivamente porque “vimos” que estava tudo em seu lugar, baixo e guitarra certinhos como tinham que estar e voz na sua nobre luta contra as limitações.

Claro que não era o melhor som do mundo, mas ficou mais do que claro que estamos evoluindo e que há um potencial no nosso som. (quem ouvia da sala confirmou que estava soando legal).

Fica claro o quanto é importante gravar. Ali, no momento em que tocamos não conseguimos assimilar tanto como está saindo. A gravação permite um distanciamento importante, uma audição mais racional do som, necessária para detectarmos defeitos, mas, no nosso caso, sobretudo, imprescindível para percebermos a beleza do que estávamos fazendo.

E me parece que para tudo na vida é meio assim também. Quando estamos inseridos num processo, num relacionamento, num problema, custamos para perceber a saída e tomarmos as atitudes mais precisas. Li num outro blog um dia desses uma reflexão sobre o quanto é fácil dar conselho e resolver os problemas dos outros enquanto temos tanta dificuldade para lidar com nossas próprias questões.

Imediatamente me lembrei de uma música dos Engenheiros que fala algo do tipo: “sem o cheiro, sem o som, sem ter nunca estado lá / com a coragem que a distância dá, fica mais fácil”.

Quantas vezes nós não percebemos o quanto fomos tolos em certas passagens da vida, depois que o tempo nos permite um certo distanciamento para encarar a questão?

Por outro lado, é preciso sabedoria para entender que “fomos (e somos) quem pudemos ser”: o que seria de nós sem os sentimentos, os cheiros e os sons que nos fizeram e nos fazem tomar as atitudes que tomamos ao longo da vida?

Como na gravação, encarar os erros e procurar corrigi-los é fundamental. Mas reconhecer os méritos e a legitimidade de ações tomadas sob a pressão, com o calor, o cheiro e o som do momento, talvez seja ainda mais crucial.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

VEM AÍ O QUE FICOU PRA TRÁS

Já estou começando a pensar os arranjos para gravar “O Que Ficou Pra Trás II – A Viagem no Tempo. Música composta posteriormente à Pra Trás I, ela tinha originalmente o nome de Viagem No Tempo, até eu perceber o quanto se identificavam explicitamente no tema, com uma sutil diferença: enquanto a I é mais genérica e abstrata, a II é um pouco mais pessoal, a meu ver. Segue um trecho:


“Se tivesse dito / se tivesse feito / certamente teria sido bem melhor
Se tivesse ido / agido de outro jeito / o prejuízo talvez fosse bem menor ”

Vou ficar por aqui pra divulgar a letra completa quando finalizar e puder postar aqui a primeira gravação.

Digo a primeira gravação porque pretendemos considerar essas gravações que venho fazendo em casa e postando (podem ser ouvidas através dos players aí do lado) como as gravações demo do disco que pretendemos gravar.

Sobre isso surgiu uma reflexão interessante a partir de um blog que acompanho chamado de Música Líquida (http://musicaliquida.blogspot.com/), cujo objetivo principal é analisar os rumos da música no “novo” mundo digital.

No blog, seu autor postou um texto (retirado de um outro site) dedicado aos músicos iniciantes: "Os cinco pontos cruciais para o músico que está começando".

Logo o primeiro ponto dito crucial foi diretamente de encontro com todo esforço que tenho feito para começar a divulgar as canções que crio. Ele diz:

"1) Descontextualize primeiro, divulgue depois. Artistas adoram suas música e suas canções, e deveriam mesmo. Entretanto, antes de se atirar em um ano se promovendo, se esforce em ter um feedback anônimo de pelo menos trinta amigos, vinte artistas e de dez profissionais da indústria da música. Se a maioria gostar de suas canções, aí divulgue-as. Caso contrário, volte para as aulas/estúdio e aprenda primeiro como fazer música "melhor".

Como músico iniciante, acho que o cara que acredita em sua música tem que se jogar e se expor mesmo, sem medo do feedback. Até porque, o gostar é algo tão subjetivo... Vivemos ouvindo histórias de gente que ouviu 300 "nãos" antes de emplacar seu sonho. Numa propaganda foi dito que o jogador Cafu foi dispensado de 9 "peneiras" antes de virar profissional. E o cara foi titular da seleção campeã do mundo. Também vemos muitos artistas evoluírem tanto depois dos primeiros trabalhos "divulgados".

Humberto Gessinger costuma dizer que uma música do jeito que está no disco é apenas uma fotografia de um momento. Uma canção, a rigor, nunca estaria pronta. No caso dele, comprovo que os arranjos e até pedacinhos de letras vão mudando a cada turnê. Acho isso bem interessante. Renovação.

Particularmente, o medo de pagar mico, a consciência de uma voz desafinada, a rigorosa autocrítica poderia fazer o trabalho parar antes de começar... Acredito que temos que ser nossos maiores fãs e maiores críticos, mas temos que seguir adiante independentemente do feedback... Até porque, o que seria o feedback ideal? Números? 20 mil cópias vendidas, 30 mil cadastrados no site, 16 seguidores num blog? Isso é muito relativo.

E quanto a atingir um padrão de qualidade ideal, acho que todo mundo que cria sabe que em um dado momento tem que parar. Considerar pronto e mostrar. Mesmo que faça retoques e melhoras depois.

Independente das minhas limitações de voz e técnica musical, hoje acho o padrão de minhas gravações fraco por serem gravadas em um home studio em meu quarto. Amanhã, vou achar o padrão de um estúdio de Salvador aquém do melhor estúdio de São Paulo. Mas, calma, bom mesmo vai ficar quando conseguir gravar em Nova York...

Em resumo, cada vez mais acredito que o lance é meter as caras, fazer o que se acredita, do melhor jeito que pode e curtir. Vai que uns malucos se interessam a te acompanhar nessa caminhada?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ROCK ´N´ ROLL

(retirado: pode ser ouvida na coluna ao lado)

O QUE FICOU PRA TRÁS I

Chame de despedida
Chame de disparada
É hora da partida
É hora da alvorada
Com a cabeça erguida
Coloque as mãos à obra
E descarte restos e sobras

Do que ficou pra trás

Sempre a cabeça erguida
Os olhos no horizonte
Se a ponte foi partida
Criaremos uma nova ponte
Esqueça as promessas
Que não foram cumpridas
Já não nos interessa

O que ficou pra trás

E se for impossível
Romper com velhos laços
Se for inesquecível
A pegada de um passo
Ao menos torne invisível
A cicatriz que ele traz
Porque não é combustível

O que ficou pra trás

Simples assim. Porque todo mundo precisa de um recomeço.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NÚMEROS

Ontem consegui comprar o livro de Humberto Gessinger, o vocalista cabeludo loiro dos Engenheiros do Hawaii, grande ídolo no mundo da música.

Todo mundo que me acha minimamente inteligente torce o nariz quando eu revelo essa idolatria. Mas 90% dessas pessoas, quando se dão a oportunidade de conhecer suas letras, reconhecem que há muitas sacadas legais ali. E passam a respeitá-lo e admirá-lo muito mais.

Devorei o livro quase todo ontem mesmo.

Folheando as letras das músicas no fundo do livro, uma delas, obviamente já conhecida, me chamou mais a atenção: Números.

Nela, ele passa a música toda falando de certos números, como “5 extinções em massa, 400 humanidades”, questionando a cada fim de estrofe “e eu com esses números?” para desaguar num refrão que cita uma frase de Santo Agostinho: “A medida de amar é amar sem medida”.

números
(gessinger)

última edição do guiness book
corações a mais de 1000
?e eu com esses números?
5 extinções em massa... 400 humanidades
?e eu com esses números?
solidão a 2... dívida externa... anos luz
aos 33 jesus na cruz... cabral no mar aos 33
e eu ?o que faço com estes números?

a medida de amar é amar sem medida
velocidade máxima permitida
a medida de amar é amar sem medida

nascimento e silva 107... corrientes 348
?e eu com esses números?
traço de audiência... tração nas 4 rodas
e eu ?o que faço com estes números?
7 vidas... mais de mil destinos
todos foram tão cretinos
quando elas se beijaram

a medida de amar é amar sem medida
preparar pra decolar
contagem regressiva
a medida de amar é amar sem medida

mega ultra híper micro baixas calorias
kilowatts...gigabytes
e eu ?o que faço com esses números?

a medida de amar é amar sem medida
preparar pra decolar
contagem regressiva
a medida de amar é amar sem medida

Essa letra me chamou a atenção justamente no momento em que eu passo a divulgar as músicas que componho e arranjo através deste blog e do my space, e, começo a perceber o prazer que dá receber comentários positivos e a frustração quando certos comentários esperados não vêm.

Cheguei a invejar certos blogs com mais de 300 seguidores e 600 comentários.

Nesse contexto, comecei a questionar até que ponto a gratificação com o retorno deve ser cultivada.

Não tenho dúvidas de que é legítimo para qualquer pessoa que expõe determinado tipo de arte (sempre acho estranho, como se fosse muita pretensão chamar minhas musiquinhas de arte) ficar feliz com manifestações positivas. Mas contar e esperar por elas, pode ser muito frustrante.

Ainda mais porque não há números que definam uma medida do “sucesso”.

Nesse sentido, o que seria o sucesso?

2, 12, 123, 1.234 comentários... O que significam?

Humberto, inclusive, depois de compor esta música, passou a citá-la para responder todas as perguntas sobre vendagens de discos.

Estar feliz com o resultado do que se quis criar deve ser a medida do sucesso. Para o artista, o criador, a arte em si, quando o satisfaz, seria o sucesso, a meu ver. E a satisfação em ver o resultado da criação pronto, já é muito recompensador, para mim, particularmente.

Comunicar essa arte, já seriam outros "500".

O fato é que mais uma vez me deparo com a questão do fazer e o julgamento de terceiros.

O que viria primeiro: a insegurança traz uma necessidade do julgamento de terceiros, ou o julgamento de terceiros é que pode trazer insegurança?

Talvez a resposta seja que a segurança seja subjetiva, pouco importando o que pensam os terceiros. Fazer desse nível de compreensão algo intuitivo, e não apenas um pensamento racional, no momento de expor, ainda é um grande desafio para mim.

O mais engraçado é que faço essa postagem logo após ter pedido e ser prontamente atendido, por meu parceiro b@ixista, para disponibilizar o recurso de contador de visitas do blog, uma espécie de medidor de audiência.

Acabei descobrindo, por sinal, que esse contador conta como “mais um”, toda vez que eu próprio dou um “atualizar eu meu blog” para ver se alguém mais me visitou. Achei que o blog estava bombando, até perceber... Hilário.

E eu, o que faço com esse números?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

!PARTE!

Tenho ouvido muitos lançamentos de discos, principalmente nacionais, atualmente. Como material de pesquisa para ver o que estão fazendo de novo, comprei recentemente os discos do Titãs, Charlie Brown, Pitty, Arnaldo Antunes, peguei emprestado Mallu Magalhães, Jota Quest, Céu e baixei (legalmente no próprio site da banda) o do Roney Jorge e os Ladrões de Bicicleta.

Tudo muito bem feito e produzido, mas pouco me emocionou de verdade.

Céu, Mallu e Roney Jorge foram aclamados como os grandes discos de 2009 pela crítica. De fato, percebemos uma sonoridade moderna, sofisticada que tenta fugir do comum (mas que já começa a ter uma identidade – o incomum está ficando meio parecido). Arranjos mais complexos e muito bem elaborados.

Titãs, Charlie Brown e Jota Quest fazem um pouco mais do mesmo que sempre fizeram, com algumas inovações.

Pitty fez um grande disco de rock e Arnaldo Antunes com seu Iê Iê Iê fez o melhor disco do ano. Esses dois últimos realmente me conquistaram.

Mas ainda assim, senti a falta de algo. Em alguns casos, até a emoção parece programada, pensada, planejada. Contida.

Como meu gosto musical foi formado com o rock nacional dos anos 80, sinto falta daquela pegada mais visceral, intuitiva, semi-amadora. Hoje estão todos tão profissionais... Talvez seja meu amadorismo musical que me faça querer acreditar nisso.

Não sei...

Mas sinto falta de refrões para serem cantados a plenos pulmões de olhos fechados na chuva.

As bandas EMO até tentam, berrando refrões românticos. Mas aí não temos as mensagens heróicas e utópicas. Até as músicas mais pessoais tinham uma pegada com mais vigor. Tinham alma e sinceridade. Conquistar a menina era um desafio tão genuíno quanto derrubar o muro de Berlim, ou “amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.

É nesse contexto que componho minhas músicas e a canção abaixo, para mim, traz um refrão para ser cantando assim. De olhos fechados e desafinadamente (que é o jeito que sei, rs). E de testa franzida, de preferência.

Considero uma das minhas melhores letras na união de forma e conteúdo. Gosto muito das metáforas e aliterações. E acho que a mensagem pode ser encarada de forma mais pessoal ou mais abstrata – a idéia, pelo menos, é brincar com essa dubiedade.

Hoje, pensando nas coisas que sempre quis fazer e que deixei estacionadas em algum cantinho entre o desejo e o receio, percebo que certas letras minhas, na verdade, mais parecem recados do inconsciente para mim mesmo. Acordar! Fazer! Hoje! Talvez até tenha demorado muito para escutar, mas pra quem acorda, nunca é tarde.

(retirado: pode ser ouvida na coluna ao lado)

!PARTE!

eu quero abrir os olhos
porque eu não vejo graça
em fazer vista grossa
eu quero acordar
eu não estou de acordo
quero arrebentar a corda

!parte!
!chega perto!
arde!
pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade


não vou lavar as mãos
porque tenho as mãos limpas
eu vou na contramão
não tenho costas largas
eu não vou dar as costas
é melhor me largar agora

!parte!
!chega perto!
!arde!
pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade


... outra vez
sempre é tempo...
... outra vez
sempre há tempo...

!parte!
!chega perto!
!arde!
pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

outra vez...


PS: meu parceiro baixista está puto porque ainda não gravei a versão com solozinho no final que improvisamos no último ensaio. Culpa do tal “corre-corre do dia a dia”...rs . Em breve, em breve...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

QUANDO MENOS É MAIS

Muitas vezes menos é mais. Normalmente falamos besteira quando falamos demais. Perdemos o raciocínio quando escrevemos demais, além do que objetivamente se queria dizer.

No último ensaio entre o baixista e eu, penamos um pouco para conseguir tocar “Primeiro Passo”, do jeito que gravei. Não que tenha gravado nada muito complexo, mas no meu nível de guitarrista e cantor atual não consegui executar a contento as trocas de efeito e o dedilhado que a música exigia, enquanto cantava.

Ele por sua vez também se perdeu um pouco em se manter no tempo correto no decorrer completo da música – nada mais natural para alguém que acabou de migrar da guitarra para o baixo.

Para relaxar um pouco, mostrei para ele pela primeira vez “Uma Só”. Botei uma base fixa de bateria (que a pedaleira da guitarra possibilita) e comecei a tocar a música, falando antes o acorde que a sequência da música pedia, para ele poder me acompanhar.

E não é que ficou bem mais redondinho?!

Ele pegou rapidamente a melodia enquanto eu cantava e tocava com a guitarrinha mais simplesinha possível. E a gente se encontrou. Sem grandes efeitos nem firulas.

E é nesse contexto que está nascendo para mim uma nova concepção na hora de elaborar os arranjos do disco “Pra Quem Acorda Nunca É Tarde” que pretendemos gravar em maio/2010.

Já que vamos tocar em trio, vamos apostar mesmo na simplicidade e na criatividade para tocar as músicas. Bem dentro daquela idéia de se fazer o que se pode.

E foi assim que gravei nos últimos 2 dias “UMA SÒ”, que pode ser ouvida abaixo:

(retirado: pode ser ouvida na coluna ao lado)

Pelo teclado “midi” simulei a base da bateria, bem básica mesmo. Nem os “pratos” coloquei ainda. Assim como o baixo, marcando a música, com pequenas firulinhas, muito aquém do que nosso baixista conseguiu fazer “ao vivo”.

A guitarrinha foi tocada de verdade, apenas uma vez, sem correção de erros, igualmente simples. E tentando fazer a voz do melhor jeito possível, com um microfone que não ajuda muito alguém que realmente precisa de ajuda (rs, um dia chego lá).

Gravei tudo em 2 noites nas quais fui dormir cerca de 2h da manhã, acordando às 7h para trabalhar: “a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo / e o que dá grana é raro ser a grande paixão / mas essa vida é uma só, e não sou tão bom no futebol / e me permito ter um pouquinho de diversão”.

No fim das contas a gravação pode ser considerada tosca, simples, básica. Mas achei tão gostosa... A simplicidade tem seus encantos. Realmente, muitas vezes, menos pode ser mais.

UMA SÓ

Eu poderia ter uma banda de rock
Ou poderia estudar pra ser doutor
E passar num concurso público pra fazer cumprir a lei
Ou fazer cursos pra aprender o que não sei (tipo francês)

Eu poderia passar a vida viajando
Não ter raízes nem nenhuma proteção
Seria garçom no Canadá, barman num pub irlandês
Ou ter família, filhos, salário burguês

E a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo
E o que dá grana é raro ser a grande paixão
Mas essa vida é uma só e não sou tão bom no futebol
E me permito ter um pouquinho de diversão

Eu poderia levar uma vida inconseqüente
Sem compromisso, objetivo, ou pretensão
Só ir pra festa tomar todas sem nenhuma sensatez
Mas nós só temos 20 anos uma vez...

E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora
Romances, trampo, estudo, prole e malhação
Porque essa vida é uma só e eu quero dar o meu melhor
Mas também gosto de assistir televisão

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

CORRE-CORRE DO DIA A DIA

O corre-corre do dia a dia (clichê maior impossível) não tem me deixado ensaiar como gostaria. Mal toquei na guitarra esta semana. Trabalhar, pagar as contas, trânsito, lazer e ainda tentar começar a fazer um trabalho musical, não é fácil. É preciso mais tempo! Essa temática está bem explícita em músicas como “Pé No Breque” e “Uma Só”. No projeto do disco “Pra Quem Acorda Nunca É Tarde” essas 2 músicas dão uma conclusão ao ciclo do disco, de músicas que contam a passagem de alguém que quer dar um “Primeiro Passo” em direção de algo, mas vive inseguranças e incertezas, até se decidir seguir em frente.

Queria que esta atualização do blog fosse com a prévia de “Uma Só”, mas não sei quando conseguirei gravá-la de verdade.

Então, vou postar aqui a versão gravada de Pé No Breque, que tem muito a ver com esse momento atual, sendo que a segunda parte debruça-se mais explicitamente sobre a correria no universo feminino.

Meu parceiro baixista tornou esse recurso possível, já que @nta aqui não tem a manha:

(retirado: pode ser ouvida na coluna ao lado)

É só dar o play. Funcionou?

PÉ NO BREQUE

O mundo globalizado
O mercado disputado
O futuro apressado
Passa por você

3 ou 4 idiomas
aparência e diplomas
a economia em coma
clama por você

várias pilhas de trabalho
ou carta fora do baralho
nunca aparece um atalho
fácil pra você

patrimônio, investimento
custos, contas e proventos
sem trinta por cento
tomam conta de você

que não agüenta mais ter que correr
pra alcançar, para fugir, não dá pra cansar
senão vai ser atropelada e acabar ficando para trás
então, acelerar, acelerar!!!

mas pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
ouça a respiração
pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
e exorcize…


tecnologia aos pulos
verde, água e ar puro
violência e apuros
procuram você

academia e leitura
culto ao corpo e cultura
bela, sábia e madura
esperam de você

amor: carinho sem carência
companhia e independência
cama, dama e inteligência
querem de você

mercado globalizado
filho, chefe, empregado,
amante e amado
correm atrás de você...

que não agüenta mais ter que correr
pra alcançar, para fugir, não dá pra cansar
senão vai ser atropelada e acabar ficando para trás
então, acelerar, acelerar!!!

mas pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
ouça a respiração
pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
e exorcize…

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

UMA SÓ

Encontrei um parceirão para tocar (adoro trocadilhos infames; na verdade, não acho infames, acho geniais) adiante o projeto da banda. Acostumado à guitarra, ele ficou mais à vontade do que eu no baixo e decidimos que, por enquanto, será assim: ele no baixo e eu na guitarra.

Estamos empolgados com a idéia e motivados a estudar mais e mais os instrumentos.

No último sábado tocamos juntos por quase 4 horas. Foi a primeira vez dele no baixo e minha primeira vez também tentando tocar e cantar ao mesmo tempo. Então, não saiu nada muito redondo, mas o importante é que saiu algo. Ficamos relativamente satisfeitos e certos de que, com ensaio e estudo, em breve poderemos fazer um som legal.

No domingo, teve aniversário de minha irmã lá em casa: no fim da festa, meu pai ligou seu violão à caixa de som e disparou a tocar suas músicas, verdadeiros hits conhecidos e pedidos pela família. Nem preciso dizer que minha herança de compositor vem dele. Mas, infelizmente não herdei sua desinibição.

Atendendo a pedidos, depois de muito relutar, fui lá no microfone e na caixa de som tocar uma música minha.

Toquei uma música chamada “UMA SÓ”, cuja letra transcrevo mais abaixo.

Mas, no decorrer da execução da música fiquei meio nervoso; em vez de me concentrar no que estava fazendo, observei algumas expressões e achei que não estava agradando, que estava horrível e resolvi encurtar a música, encerrando no primeiro refrão e abandonando o posto. Toquei realmente “uma só”...

Uns primos protestaram, um outro elogiou a música, uma prima disse que não estava ruim, mesma avaliação de pais e irmãs (será que a avaliação é imparcial? rs).

Mas o fato é que, ruim ou não, eu não posso estar tão ligado no julgamento dos outros. Para conseguir tocar em público terei que trabalhar isso na cabeça. Concentrar no que estou fazendo sem me importar com julgamentos. Se não conseguir esse nível de abstração, tocar e cantar será sempre um fardo e não uma diversão. Talvez seja mais uma passo. Como diz meu pai, se fosse fácil, não teria graça.

Segue abaixo a letra dessa música, que será a próxima que pretendo gravar no home estúdio. Acho que tem a ver com a “crise dos 30” rsrs.

UMA SÓ

Eu poderia ter uma banda de rock
Ou poderia estudar pra ser doutor
E passar num concurso público pra fazer cumprir a lei
Ou fazer cursos pra aprender o que não sei (tipo francês)

Eu poderia passar a vida viajando
Não ter raízes nem nenhuma proteção
Seria garçom no Canadá, barman num pub irlandês
Ou ter família, filhos, salário burguês

E a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo
E o que dá grana é raro ser a grande paixão
Mas essa vida é uma só e não sou tão bom no futebol
E me permito ter um pouquinho de diversão


Eu poderia levar uma vida inconseqüente
Sem compromisso, objetivo, ou pretensão
Só ir pra festa tomar todas sem nenhuma sensatez
Mas nós só temos 20 anos uma vez...

E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora
Romances, trampo, estudo, prole e malhação
Porque essa vida é uma só e eu quero dar o meu melhor
Mas também gosto de assistir televisão

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Contra a ditadura da felicidade para sermos realmente felizes...

SUPERFÍCIE

Sim, está tudo bem
Eu estou feliz
E todos também

Sim, está tudo ok
Agora é assim
É a nova lei

O sucesso é uma imagem
Incerteza é palavrão
O amor na tatuagem
Em silêncio, o coração

Sim, está tudo dez
Da boca pra fora
Da cabeça aos pés

Sim, está tudo legal
Na foto, na cara
No álbum virtual

Logo acima do tapete
Peças de decoração
Cá na superfície, enfeite
Mas há poeira no porão

Um mergulho em águas rasas
Medo de não ter pulmão
Mas um dia cai a casa
E vem à tona o porão

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

FAZENDO DA FANTASIA ALGO CONCRETO

Ontem fiz um exercício interessante.

Quando gravo uma música através do meu software de gravação, o Protools, gravo cada instrumento separadamente em um canal de áudio próprio.

Peguemos a música Pé No Breque, como exemplo: há, para simplificar o entendimento, 4 canais: um para bateria, um para o contrabaixo, outro para a guitarra e mais um para a voz. Dessa forma, posso ouvir cada instrumento ou voz isoladamente, posso ouvir apenas 2 deles juntos, ou ouvir todos juntos, formando o arranjo completo da música.

Entendido isso, fiz o seguinte: deixando “mudos” os canais de voz e guitarra e ATIVOS somente os canais de bateria e contrabaixo, conectei a gravação já feita, a uma caixa de som.

Outro aparte: tenho um caixa de som “multiuso” na qual posso conectar várias coisas como a guitarra, um microfone para a voz, um teclado ou um cd player, até.

Então, conectei a gravação pronta, de onde só saía bateria e contrabaixo, à caixa de som, onde conectei também a guitarra e um microfone para voz.

Assim, eu teria o acompanhamento fixo e pronto da bateria e do contrabaixo, e teria que executar “ao vivo” a guitarra e a voz, justamente como exercício simulador da execução em banda. O grande lance era ver até que ponto conseguiria fazer a voz e a guitarra ao mesmo tempo.

Parece um exercício muito básico, dos mais iniciantes, (e sou iniciante) mas não é tão simples.

Uma coisa é o cara cantar e se acompanhar no violão. Isso, faço sem dificuldade. Mas me parece que a guitarra tem especificidades na hora de tocar que demandam uma concentração um pouco maior, o que pode complicar, quando se tem que cantar ao mesmo tempo.

Pois bem. Fiz esse primeiro teste com Pé No Breque. Música rápida e difícil de cantar até para quem está sem tocar nada. Nas primeiras tentativas foi difícil: concentrado na guitarra, atropelava palavras, cantava frases indecifráveis. Quando concentrava na voz, errava na guitarra... Mas, após umas 5 tentativas, consegui um resultado até que razoável. Cantei todos os versos satisfatoriamente e até troquei de efeitos da guitarra, da distorção para um efeito mais limpo (com o pé, a gente aperta o pedal e troca o efeito), sem dificuldade.

Mais uma prova de que ao lado do talento e da criatividade, em qualquer atividade que quisermos desempenhar, é preciso o suor, a repetição, o ensaio. O lado braçal da coisa. Só a título de exemplo, Oscar, o ídolo máximo do basquete brasileiro, não passava de um jogador tecnicamente razoável nos quesitos velocidades, marcação, tática. Mas o que fez de Oscar um jogador excepcional foi seu arremesso certeiro, com nível de aproveitamento fora do comum. Segundo o próprio Oscar, isso não foi obra do acaso. Ele ficava treinando horas e horas arremessos, sozinho.

Bom, voltando ao exercício de ontem.

Relativamente satisfeito com Pé No Breque, parti para outra música, na qual julgava que teria ainda menos dificuldade: Qualquer Direção.

Mas aí, a coisa foi feia.

Primeiro, que na introdução que criei e gravei Qualquer Direção, tive que gravar 2 guitarras sobrepostas, talvez até para driblar minhas limitações de guitarrista. Dessas 2 guitarras, uma estava com efeito de distorção enquanto a outra estava “limpa”. Como AO VIVO vamos tocar em trio e vai constar apenas uma guitarra “no palco”, tive que decidir se faria a introdução com a guitarra limpa ou distorcida, na hora de tocar ao vivo. Melhor limpa. Ok. Só que aí surgiu outro problema.

Logo após a introdução, quando começa a voz, a guitarra é distorcida. Então a mudança de efeitos tinha que ser rápida, instantânea e penei muito nessa troca. Mas depois de algumas tentativas essa primeira troca ficou mole.

O problema é que, durante a música, a guitarra (da forma como idealizei) alterna muito entre o efeito de distorção e o mais limpo, e não consegui me encontrar nessas constantes trocas, que fazemos com os pés, tendo ainda a obrigação de cantar. Se fosse só tocar sem cantar, conseguiria. Cantar tocando sem as trocas de efeito, também.

Nessa hora surge o x da questão, a angústia de se buscar o que deseja e o confronto com a limitação.

Aí surge um erro, que é a comparação. Será que outros podem e eu não? Comecei a pensar rapidamente em bandas que conheço e realmente não consegui lembrar de vocalistas que toquem guitarra fazendo trocas de efeito assim, tão constantes. Outro dia vi um show do Skank observando Samuel tocando e cantando e pelo que percebi, nos momentos em que canta, ele faz na guitarra um acompanhamento básico. Foi uma impressão, posso estar enganado, até porque estava deitado e com sono – não foi uma observação tão concentrada.

Em outras bandas que fazem parte de minha formação musical, como Engenheiros, Legião, RPM, The Police, os respectivos vocalistas Humberto Gessinger, Renato Russo, Paulo Ricardo e Sting, tocavam contrabaixo. Talvez, seja mais fácil.

Mas o fato é que antes de achar trezentos outros exemplos de vocalistas que fazem “miséria” com a guitarra enquanto também cantam, (lembrei do Mark Knopfler do Dire Straits) tenho que pensar que o foco sou eu. Tenho que fazer o som que posso.

E 2010 é o ano de fantasiar menos e fazer mais, aceitando as limitações (sem nunca deixar de evoluir, é claro).

Com esse raciocínio, vai ser mais fácil optar por um arranjo mais básico, sem trocas de efeitos, mais confortável para cantar e tocar ao vivo, com criatividade.

Problema resolvido. Dilema dissolvido. Por enquanto...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010: ANO ZERO

Ouvindo o primeiro disco ao vivo da minha banda preferida – agora, com ouvido um pouco mais técnico – percebo que não há mistério, não há nada de extraordinário, além de entrosamento, criatividade e é claro, a força das canções em si.

É só começar a ter um pouco mais de conhecimento em qualquer assunto, que vemos que é possível para nós mortais, desenvolver, entender, produzir algo em qualquer área que desejarmos.

Com algum talento, criatividade e empenho somos capazes de criar nosso diferencial.

No caso da música, como em qualquer área, o conhecimento técnico é essencial e quanto mais se tem, mais se pode, é claro. Mas isso não é tudo. Há exemplos de bandas de músicos brilhantes, que não conseguiram sucesso – no sentido de serem percebidos e admirados por um número relativos de pessoas. Aqui cabe um “aparte”, a ser desenvolvido em outro texto: o que é sucesso?

Voltando ao raciocínio inicial, vemos também que há exemplos de bandas de músicos medianos que encantaram multidões com sua criatividade e força das canções. Legião Urbana é um grande exemplo. Acho até, que a maioria das bandas do chamado BRock dos anos 80 foi assim.

Essas bandas foram influenciadas por um dos princípios da ideologia punk, algo do tipo, “faça você mesmo”, “qualquer um pode montar uma banda”... Não sei até que ponto isso faz parte da “ideologia punk”, mas estou me apoiando nisso para montar minha banda.

E 2010 promete ser o ano zero para o sonho sair do campo da fantasia. Dos dois colegas de trabalho que combinaram de fazer um som comigo, um topou seguir em frente tocando minhas músicas autorais, nas quais sempre acreditei, enquanto o outro não se interessou muito por esse caminho.

Sendo assim, eu e esse colega vamos colocar o projeto em prática; a coisa é tão incipiente, que ainda temos que definir quem vai tocar baixo e quem vai tocar guitarra. Já temos até 3 candidatos à baterista, mas pretendemos só chamar o “batera”, depois que a coisa esteja um pouquinho mais redonda entre nós dois.

Acho que sábado que vem já rola o primeiro ensaio. Devemos tocar “!Parte!”, “Qualquer Direção”, “Primeiro Passo” e “Pé No Breque”, 4 músicas que pretendo gravar no disco “Pra Quem Acorda Nunca É Tarde”, e que estão no www.myspace.com/gugafilho .

Então é isso... Vamos nos livrar das amarras da insegurança, encampar a ideologia punk-Obama “Yes, We Can” e dar o Primeiro Passo para a formação da “Ilhados Aqui”, para fazer de 2010 um ano dez!|