sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

QUANDO MENOS É MAIS

Muitas vezes menos é mais. Normalmente falamos besteira quando falamos demais. Perdemos o raciocínio quando escrevemos demais, além do que objetivamente se queria dizer.

No último ensaio entre o baixista e eu, penamos um pouco para conseguir tocar “Primeiro Passo”, do jeito que gravei. Não que tenha gravado nada muito complexo, mas no meu nível de guitarrista e cantor atual não consegui executar a contento as trocas de efeito e o dedilhado que a música exigia, enquanto cantava.

Ele por sua vez também se perdeu um pouco em se manter no tempo correto no decorrer completo da música – nada mais natural para alguém que acabou de migrar da guitarra para o baixo.

Para relaxar um pouco, mostrei para ele pela primeira vez “Uma Só”. Botei uma base fixa de bateria (que a pedaleira da guitarra possibilita) e comecei a tocar a música, falando antes o acorde que a sequência da música pedia, para ele poder me acompanhar.

E não é que ficou bem mais redondinho?!

Ele pegou rapidamente a melodia enquanto eu cantava e tocava com a guitarrinha mais simplesinha possível. E a gente se encontrou. Sem grandes efeitos nem firulas.

E é nesse contexto que está nascendo para mim uma nova concepção na hora de elaborar os arranjos do disco “Pra Quem Acorda Nunca É Tarde” que pretendemos gravar em maio/2010.

Já que vamos tocar em trio, vamos apostar mesmo na simplicidade e na criatividade para tocar as músicas. Bem dentro daquela idéia de se fazer o que se pode.

E foi assim que gravei nos últimos 2 dias “UMA SÒ”, que pode ser ouvida abaixo:

(retirado: pode ser ouvida na coluna ao lado)

Pelo teclado “midi” simulei a base da bateria, bem básica mesmo. Nem os “pratos” coloquei ainda. Assim como o baixo, marcando a música, com pequenas firulinhas, muito aquém do que nosso baixista conseguiu fazer “ao vivo”.

A guitarrinha foi tocada de verdade, apenas uma vez, sem correção de erros, igualmente simples. E tentando fazer a voz do melhor jeito possível, com um microfone que não ajuda muito alguém que realmente precisa de ajuda (rs, um dia chego lá).

Gravei tudo em 2 noites nas quais fui dormir cerca de 2h da manhã, acordando às 7h para trabalhar: “a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo / e o que dá grana é raro ser a grande paixão / mas essa vida é uma só, e não sou tão bom no futebol / e me permito ter um pouquinho de diversão”.

No fim das contas a gravação pode ser considerada tosca, simples, básica. Mas achei tão gostosa... A simplicidade tem seus encantos. Realmente, muitas vezes, menos pode ser mais.

UMA SÓ

Eu poderia ter uma banda de rock
Ou poderia estudar pra ser doutor
E passar num concurso público pra fazer cumprir a lei
Ou fazer cursos pra aprender o que não sei (tipo francês)

Eu poderia passar a vida viajando
Não ter raízes nem nenhuma proteção
Seria garçom no Canadá, barman num pub irlandês
Ou ter família, filhos, salário burguês

E a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo
E o que dá grana é raro ser a grande paixão
Mas essa vida é uma só e não sou tão bom no futebol
E me permito ter um pouquinho de diversão

Eu poderia levar uma vida inconseqüente
Sem compromisso, objetivo, ou pretensão
Só ir pra festa tomar todas sem nenhuma sensatez
Mas nós só temos 20 anos uma vez...

E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora
Romances, trampo, estudo, prole e malhação
Porque essa vida é uma só e eu quero dar o meu melhor
Mas também gosto de assistir televisão

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

CORRE-CORRE DO DIA A DIA

O corre-corre do dia a dia (clichê maior impossível) não tem me deixado ensaiar como gostaria. Mal toquei na guitarra esta semana. Trabalhar, pagar as contas, trânsito, lazer e ainda tentar começar a fazer um trabalho musical, não é fácil. É preciso mais tempo! Essa temática está bem explícita em músicas como “Pé No Breque” e “Uma Só”. No projeto do disco “Pra Quem Acorda Nunca É Tarde” essas 2 músicas dão uma conclusão ao ciclo do disco, de músicas que contam a passagem de alguém que quer dar um “Primeiro Passo” em direção de algo, mas vive inseguranças e incertezas, até se decidir seguir em frente.

Queria que esta atualização do blog fosse com a prévia de “Uma Só”, mas não sei quando conseguirei gravá-la de verdade.

Então, vou postar aqui a versão gravada de Pé No Breque, que tem muito a ver com esse momento atual, sendo que a segunda parte debruça-se mais explicitamente sobre a correria no universo feminino.

Meu parceiro baixista tornou esse recurso possível, já que @nta aqui não tem a manha:

(retirado: pode ser ouvida na coluna ao lado)

É só dar o play. Funcionou?

PÉ NO BREQUE

O mundo globalizado
O mercado disputado
O futuro apressado
Passa por você

3 ou 4 idiomas
aparência e diplomas
a economia em coma
clama por você

várias pilhas de trabalho
ou carta fora do baralho
nunca aparece um atalho
fácil pra você

patrimônio, investimento
custos, contas e proventos
sem trinta por cento
tomam conta de você

que não agüenta mais ter que correr
pra alcançar, para fugir, não dá pra cansar
senão vai ser atropelada e acabar ficando para trás
então, acelerar, acelerar!!!

mas pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
ouça a respiração
pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
e exorcize…


tecnologia aos pulos
verde, água e ar puro
violência e apuros
procuram você

academia e leitura
culto ao corpo e cultura
bela, sábia e madura
esperam de você

amor: carinho sem carência
companhia e independência
cama, dama e inteligência
querem de você

mercado globalizado
filho, chefe, empregado,
amante e amado
correm atrás de você...

que não agüenta mais ter que correr
pra alcançar, para fugir, não dá pra cansar
senão vai ser atropelada e acabar ficando para trás
então, acelerar, acelerar!!!

mas pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
ouça a respiração
pé no breque, quebre o ritmo
puxe o freio de mão
take a break, take it easy
e exorcize…

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

UMA SÓ

Encontrei um parceirão para tocar (adoro trocadilhos infames; na verdade, não acho infames, acho geniais) adiante o projeto da banda. Acostumado à guitarra, ele ficou mais à vontade do que eu no baixo e decidimos que, por enquanto, será assim: ele no baixo e eu na guitarra.

Estamos empolgados com a idéia e motivados a estudar mais e mais os instrumentos.

No último sábado tocamos juntos por quase 4 horas. Foi a primeira vez dele no baixo e minha primeira vez também tentando tocar e cantar ao mesmo tempo. Então, não saiu nada muito redondo, mas o importante é que saiu algo. Ficamos relativamente satisfeitos e certos de que, com ensaio e estudo, em breve poderemos fazer um som legal.

No domingo, teve aniversário de minha irmã lá em casa: no fim da festa, meu pai ligou seu violão à caixa de som e disparou a tocar suas músicas, verdadeiros hits conhecidos e pedidos pela família. Nem preciso dizer que minha herança de compositor vem dele. Mas, infelizmente não herdei sua desinibição.

Atendendo a pedidos, depois de muito relutar, fui lá no microfone e na caixa de som tocar uma música minha.

Toquei uma música chamada “UMA SÓ”, cuja letra transcrevo mais abaixo.

Mas, no decorrer da execução da música fiquei meio nervoso; em vez de me concentrar no que estava fazendo, observei algumas expressões e achei que não estava agradando, que estava horrível e resolvi encurtar a música, encerrando no primeiro refrão e abandonando o posto. Toquei realmente “uma só”...

Uns primos protestaram, um outro elogiou a música, uma prima disse que não estava ruim, mesma avaliação de pais e irmãs (será que a avaliação é imparcial? rs).

Mas o fato é que, ruim ou não, eu não posso estar tão ligado no julgamento dos outros. Para conseguir tocar em público terei que trabalhar isso na cabeça. Concentrar no que estou fazendo sem me importar com julgamentos. Se não conseguir esse nível de abstração, tocar e cantar será sempre um fardo e não uma diversão. Talvez seja mais uma passo. Como diz meu pai, se fosse fácil, não teria graça.

Segue abaixo a letra dessa música, que será a próxima que pretendo gravar no home estúdio. Acho que tem a ver com a “crise dos 30” rsrs.

UMA SÓ

Eu poderia ter uma banda de rock
Ou poderia estudar pra ser doutor
E passar num concurso público pra fazer cumprir a lei
Ou fazer cursos pra aprender o que não sei (tipo francês)

Eu poderia passar a vida viajando
Não ter raízes nem nenhuma proteção
Seria garçom no Canadá, barman num pub irlandês
Ou ter família, filhos, salário burguês

E a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo
E o que dá grana é raro ser a grande paixão
Mas essa vida é uma só e não sou tão bom no futebol
E me permito ter um pouquinho de diversão


Eu poderia levar uma vida inconseqüente
Sem compromisso, objetivo, ou pretensão
Só ir pra festa tomar todas sem nenhuma sensatez
Mas nós só temos 20 anos uma vez...

E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora
Romances, trampo, estudo, prole e malhação
Porque essa vida é uma só e eu quero dar o meu melhor
Mas também gosto de assistir televisão

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Contra a ditadura da felicidade para sermos realmente felizes...

SUPERFÍCIE

Sim, está tudo bem
Eu estou feliz
E todos também

Sim, está tudo ok
Agora é assim
É a nova lei

O sucesso é uma imagem
Incerteza é palavrão
O amor na tatuagem
Em silêncio, o coração

Sim, está tudo dez
Da boca pra fora
Da cabeça aos pés

Sim, está tudo legal
Na foto, na cara
No álbum virtual

Logo acima do tapete
Peças de decoração
Cá na superfície, enfeite
Mas há poeira no porão

Um mergulho em águas rasas
Medo de não ter pulmão
Mas um dia cai a casa
E vem à tona o porão

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

FAZENDO DA FANTASIA ALGO CONCRETO

Ontem fiz um exercício interessante.

Quando gravo uma música através do meu software de gravação, o Protools, gravo cada instrumento separadamente em um canal de áudio próprio.

Peguemos a música Pé No Breque, como exemplo: há, para simplificar o entendimento, 4 canais: um para bateria, um para o contrabaixo, outro para a guitarra e mais um para a voz. Dessa forma, posso ouvir cada instrumento ou voz isoladamente, posso ouvir apenas 2 deles juntos, ou ouvir todos juntos, formando o arranjo completo da música.

Entendido isso, fiz o seguinte: deixando “mudos” os canais de voz e guitarra e ATIVOS somente os canais de bateria e contrabaixo, conectei a gravação já feita, a uma caixa de som.

Outro aparte: tenho um caixa de som “multiuso” na qual posso conectar várias coisas como a guitarra, um microfone para a voz, um teclado ou um cd player, até.

Então, conectei a gravação pronta, de onde só saía bateria e contrabaixo, à caixa de som, onde conectei também a guitarra e um microfone para voz.

Assim, eu teria o acompanhamento fixo e pronto da bateria e do contrabaixo, e teria que executar “ao vivo” a guitarra e a voz, justamente como exercício simulador da execução em banda. O grande lance era ver até que ponto conseguiria fazer a voz e a guitarra ao mesmo tempo.

Parece um exercício muito básico, dos mais iniciantes, (e sou iniciante) mas não é tão simples.

Uma coisa é o cara cantar e se acompanhar no violão. Isso, faço sem dificuldade. Mas me parece que a guitarra tem especificidades na hora de tocar que demandam uma concentração um pouco maior, o que pode complicar, quando se tem que cantar ao mesmo tempo.

Pois bem. Fiz esse primeiro teste com Pé No Breque. Música rápida e difícil de cantar até para quem está sem tocar nada. Nas primeiras tentativas foi difícil: concentrado na guitarra, atropelava palavras, cantava frases indecifráveis. Quando concentrava na voz, errava na guitarra... Mas, após umas 5 tentativas, consegui um resultado até que razoável. Cantei todos os versos satisfatoriamente e até troquei de efeitos da guitarra, da distorção para um efeito mais limpo (com o pé, a gente aperta o pedal e troca o efeito), sem dificuldade.

Mais uma prova de que ao lado do talento e da criatividade, em qualquer atividade que quisermos desempenhar, é preciso o suor, a repetição, o ensaio. O lado braçal da coisa. Só a título de exemplo, Oscar, o ídolo máximo do basquete brasileiro, não passava de um jogador tecnicamente razoável nos quesitos velocidades, marcação, tática. Mas o que fez de Oscar um jogador excepcional foi seu arremesso certeiro, com nível de aproveitamento fora do comum. Segundo o próprio Oscar, isso não foi obra do acaso. Ele ficava treinando horas e horas arremessos, sozinho.

Bom, voltando ao exercício de ontem.

Relativamente satisfeito com Pé No Breque, parti para outra música, na qual julgava que teria ainda menos dificuldade: Qualquer Direção.

Mas aí, a coisa foi feia.

Primeiro, que na introdução que criei e gravei Qualquer Direção, tive que gravar 2 guitarras sobrepostas, talvez até para driblar minhas limitações de guitarrista. Dessas 2 guitarras, uma estava com efeito de distorção enquanto a outra estava “limpa”. Como AO VIVO vamos tocar em trio e vai constar apenas uma guitarra “no palco”, tive que decidir se faria a introdução com a guitarra limpa ou distorcida, na hora de tocar ao vivo. Melhor limpa. Ok. Só que aí surgiu outro problema.

Logo após a introdução, quando começa a voz, a guitarra é distorcida. Então a mudança de efeitos tinha que ser rápida, instantânea e penei muito nessa troca. Mas depois de algumas tentativas essa primeira troca ficou mole.

O problema é que, durante a música, a guitarra (da forma como idealizei) alterna muito entre o efeito de distorção e o mais limpo, e não consegui me encontrar nessas constantes trocas, que fazemos com os pés, tendo ainda a obrigação de cantar. Se fosse só tocar sem cantar, conseguiria. Cantar tocando sem as trocas de efeito, também.

Nessa hora surge o x da questão, a angústia de se buscar o que deseja e o confronto com a limitação.

Aí surge um erro, que é a comparação. Será que outros podem e eu não? Comecei a pensar rapidamente em bandas que conheço e realmente não consegui lembrar de vocalistas que toquem guitarra fazendo trocas de efeito assim, tão constantes. Outro dia vi um show do Skank observando Samuel tocando e cantando e pelo que percebi, nos momentos em que canta, ele faz na guitarra um acompanhamento básico. Foi uma impressão, posso estar enganado, até porque estava deitado e com sono – não foi uma observação tão concentrada.

Em outras bandas que fazem parte de minha formação musical, como Engenheiros, Legião, RPM, The Police, os respectivos vocalistas Humberto Gessinger, Renato Russo, Paulo Ricardo e Sting, tocavam contrabaixo. Talvez, seja mais fácil.

Mas o fato é que antes de achar trezentos outros exemplos de vocalistas que fazem “miséria” com a guitarra enquanto também cantam, (lembrei do Mark Knopfler do Dire Straits) tenho que pensar que o foco sou eu. Tenho que fazer o som que posso.

E 2010 é o ano de fantasiar menos e fazer mais, aceitando as limitações (sem nunca deixar de evoluir, é claro).

Com esse raciocínio, vai ser mais fácil optar por um arranjo mais básico, sem trocas de efeitos, mais confortável para cantar e tocar ao vivo, com criatividade.

Problema resolvido. Dilema dissolvido. Por enquanto...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010: ANO ZERO

Ouvindo o primeiro disco ao vivo da minha banda preferida – agora, com ouvido um pouco mais técnico – percebo que não há mistério, não há nada de extraordinário, além de entrosamento, criatividade e é claro, a força das canções em si.

É só começar a ter um pouco mais de conhecimento em qualquer assunto, que vemos que é possível para nós mortais, desenvolver, entender, produzir algo em qualquer área que desejarmos.

Com algum talento, criatividade e empenho somos capazes de criar nosso diferencial.

No caso da música, como em qualquer área, o conhecimento técnico é essencial e quanto mais se tem, mais se pode, é claro. Mas isso não é tudo. Há exemplos de bandas de músicos brilhantes, que não conseguiram sucesso – no sentido de serem percebidos e admirados por um número relativos de pessoas. Aqui cabe um “aparte”, a ser desenvolvido em outro texto: o que é sucesso?

Voltando ao raciocínio inicial, vemos também que há exemplos de bandas de músicos medianos que encantaram multidões com sua criatividade e força das canções. Legião Urbana é um grande exemplo. Acho até, que a maioria das bandas do chamado BRock dos anos 80 foi assim.

Essas bandas foram influenciadas por um dos princípios da ideologia punk, algo do tipo, “faça você mesmo”, “qualquer um pode montar uma banda”... Não sei até que ponto isso faz parte da “ideologia punk”, mas estou me apoiando nisso para montar minha banda.

E 2010 promete ser o ano zero para o sonho sair do campo da fantasia. Dos dois colegas de trabalho que combinaram de fazer um som comigo, um topou seguir em frente tocando minhas músicas autorais, nas quais sempre acreditei, enquanto o outro não se interessou muito por esse caminho.

Sendo assim, eu e esse colega vamos colocar o projeto em prática; a coisa é tão incipiente, que ainda temos que definir quem vai tocar baixo e quem vai tocar guitarra. Já temos até 3 candidatos à baterista, mas pretendemos só chamar o “batera”, depois que a coisa esteja um pouquinho mais redonda entre nós dois.

Acho que sábado que vem já rola o primeiro ensaio. Devemos tocar “!Parte!”, “Qualquer Direção”, “Primeiro Passo” e “Pé No Breque”, 4 músicas que pretendo gravar no disco “Pra Quem Acorda Nunca É Tarde”, e que estão no www.myspace.com/gugafilho .

Então é isso... Vamos nos livrar das amarras da insegurança, encampar a ideologia punk-Obama “Yes, We Can” e dar o Primeiro Passo para a formação da “Ilhados Aqui”, para fazer de 2010 um ano dez!|