sexta-feira, 17 de setembro de 2010

sexta-feira

Quando a gente fica ansioso para chegar sexta à noite, não para cair na noite, e sim por finalmente poder ter uma boa noite de sono, isso é sinal de decadência física, fracas opções na cidade, ou princípio de depressão?

Hum... no meu caso acho que é a porra da apnéia...

PS: hoje talvez tenha rolado o primeiro ensaio da primeira formação power trio da banda Ilhados Aqui. Quem viver, verá!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vendendo pulseirinha em Morro de São Paulo

Toda vez que eu pego um trânsito punk, eu começo a refletir sobre essa louca vida urbana que vivemos.


E já que não dá pra contar com uma solução a médio prazo dos gestores públicos para o trânsito cada vez mais caótico e como não sou macho o bastante pra largar tudo e vender pulseirinha em Barra Grande, penso que já está na hora da própria sociedade buscar alternativas.

Todo mundo sair na mesma hora e voltar na mesma hora pra casa não dá, né?!

Por que empresas e órgãos públicos não vislumbram turnos com horários flexíveis e alternativos?

Sei que isso já é uma realidade em algumas empresas de negócios ligados à criatividade e tecnologia, e até em alguns poucos órgãos públicos cujos funcionários trabalham visando tarefas e metas, sem horários tão fixos, mas, pelo menos em Salvador, pelo que eu saiba, são raríssimas exceções.

Porra, bastava o Governo do Estado adotar horários alternativos, que aquele Centro Administrativo já desafogava a cidade. Adoraria trabalhar de 11 às 21h, por exemplo. Ou então se dividia em 2 turnos... 06h às 16h, pros malucos que acordam muito cedo e 12h às 22h, para os vespertinos... Dava direito de escolha... E ainda ia ganhar produtividade...

Podia-se também adotar o regime de 6h de trabalho diários... Li outro dia algum estudo de que, quanto mais tempo a pessoa passa na empresa, menor é sua produtividade. Efetivamente se desperdiça muito tempo.

Pronto... dava certinho: primeiro turno, sei lá de 10 às 16, e o segundo de 16 às 22h. Show... Dispersava os engarrafamentos, se ganhava em produtividade e qualidade de vida. Votem em mim. Meu número é...

Em paralelo a isso, a onda dos empreendimentos imobiliários é apostar no conceito de “tudo num só lugar”. Morar e trabalhar no mesmo bairro, e quem sabe até, no mesmo prédio! Que vai ter a academia e shopping embutidos.

Esse conceito só tem razão de ser, em função de um trânsito absurdo.

Porque há uns 25 anos, eu morava na Pituba, estudava em Ondina e meu pai que trabalhava na Piedade me pegava na escola, almoçava em casa, descansava, e voltava pra Piedade, em menos de 2 horas.

Hoje fiz exatamente Pituba/Ondina em 1h. E sem parar em lugar nenhum.

De fato, pode ser muito mais confortável... Mas sei não... Dá uma sensação de claustrofobia. Sair do escritório, subir um elevador e chegar no AP. Dormir e no outro dia descer o elevador e chegar na empresa... O vizinho é o colega de trabalho... Estranho. Tenho medo de que vamos nos dar conta que passamos uma semana inteira sem ver nem sentir a luz do sol.

O mais legal talvez seria morar perto do trabalho para ir andando ou de bicicleta. Aí sim, seria gostoso. 15 mim a pé ou de bike.

O foda é que com essa lua de Salvador, o escritório tinha que ter pelo menos um chuveirão pra tirar o suor. Complica também...

Difícil essa vida urbana...

Tô começando a pensar em aprender a fazer a tal da pulseirinha...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EITA MUNDINHO CHATO...

07/09/2010 - 12h48

Musa da natação australiana perde patrocínio e carro por derrapada no Twitter
DE SÃO PAULO

Tricampeã olímpica nos Jogos de Pequim-2008, a australiana Stephanie Rice perdeu um milionário contrato com a Jaguar devido a um comentário homofóbico em seu Twitter. "Chupem essa, seus gays", disse ela após a vitória no último minuto de seu país sobre a África do Sul, sábado, em um jogo de rúgbi.





Stephanie pediu desculpas, em vão.


A nadadora de 22 anos, considerada uma das musas do esporte, chegou a apagar o texto e pediu perdão publicamente depois de o episódio ganhar repercussão. A fabricante de carros luxuosos, porém, não aceitou o incidente e encerrou o patrocínio.


"Decidimos pôr fim ao acordo com ela", anunciou o porta-voz da Jaguar, Mark Eedle. "Seu comportamento não condiz com a maneira que pretendemos relacionar nossa imagem. Não é uma associação que poderia seguir em frente".


Na Olimpíada chinesa, a atleta ganhou os 200 e 400 metros medley, além do revezamento 4 x 200 metros livre. Hoje, está momentaneamente afastada das piscinas em função de uma cirurgia no ombro, na última semana."

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/795112-musa-da-natacao-australiana-perde-patrocinio-e-carro-por-derrapada-no-twitter.shtml

PQP... Eita mundinho chato esse que estamos forjando... Não se pode mais comemorar o gol, dançar na vitória, fazer gozações... Tudo ofende, tudo é politicamente incorreto. Credo!


Peloamordedeus, comentário homofóbico!? Depois de uma vitória nos últimos segundos no rúgbi dizer “chupem seus gays” é homofobia?! Que absurdo...

Tentando explicar (soa ainda mais patético): rúgbi é um esporte viril, no caso, praticado por homens, sejam eles homo ou heterossexuais. Após a vitória, desabafar, provocar, com um “chupa” é a coisa mais normal do mundo. E num esporte cujas características mais explícitas são força, velocidade, choque, combate, (elementos bastante masculinos), nada mais normal do que dizer aos derrotados “Tomem seus fracotes”, “Recebam seus lerdos”, “Chupem seus gays”.

A comunidade dos anorexos iria ficar ofendida por causa do “fracotes”? A comunidade baiana vai chiar pelo “recebam seus lerdos”? (um a parte: eu sou baiano).

Não consigo entender... Acho que nem os gays estavam nem aí pra isso aí... Um gay se ofende se chamarmos um homem heterossexual de gay? Imagino que não...

Aí vem a Jaguar e faz isso... Tira o patrocínio da menina... "Seu comportamento não condiz com a maneira que pretendemos relacionar nossa imagem. Não é uma associação que poderia seguir em frente". PQP!

Que empresa idiota essa Jaguar... Nunca mais comprarei um carro na mão dela....rsrsrs.

E se é pra ser politicamente correto, vamos analisar a Jaguar... Não seria politicamente incorreto anunciar um carro que chega a 300 km/h, se o máximo de velocidade permitida nas cidades não passa de 110 km/h? Tanta gente que morre por excesso de velocidade... Não seria menosprezo fazer chamadas para um veículo exclusivo, enquanto tem gente morrendo de fome? Ah, faça-me o favor... Se a gente der brecha, tudo pode ter conotação politicamente incorreta.

Tem até um imbecil querendo propor uma proibição de se falar palavrão nos estádios de futebol... É tão surreal, que nem engraçado mais é...

Agora a nadadora aí, vacilou. Não vacilou no que disse, vacilou quando foi chorar e pedir desculpas... Porra... Peitava a opinião pública, dizia que não tinha nada de homofóbico naquele dizer, que era uma provocação ingênua, boba, que mantinha o que disse e não se arrependia de nada. Pronto. Sairia maior do que tinha entrado nessa “polêmica” imbecil.

Aliás, não são as polêmicas que têm aumentado, o mundo é que está ficando muito babaca.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AMAR E MUDAR AS COISAS

A curtição agora é aprender a tocar e cantar as músicas que componho. Parece brincadeira, mas uma coisa é gravar voz e guitarra separadamente, concentrado numa ou noutra atividade, e outra é executar ambas ao mesmo tempo.

Para mim, ainda é difícil. Fazer uma base de guitarra bem básica até que é tranqüilo, pois toco praticamente como toco violão, que é minha referência de instrumento da vida toda. Mas fazer algumas firulas com a guitarra cantando ao mesmo tempo, ainda é complicado. Até porque tenho que fazer um esforço tremendo para cantar, pelo menos, pessimamente.

Praticar, praticar, praticar. 20% talento e 80% suor, ouvi dizerem certa vez. E é verdade. Ainda mais para quem não é um músico virtuoso, como eu.

O foco é trazer a fantasia de ter uma banda para o mundo real. Se fosse fácil, não teria graça, meu pai repete sempre.

É o que vi de inspirador na letra de Belchior transcrita no post anterior:

“eu não estou interessado em nenhuma teoria
nessas coisas do oriente, romances astrais
minha alucinação é suportar o dia-a-dia
meu delírio é a experiência com coisas reais

amar e mudar as coisas me interessa mais”

Vamos seguindo em frente. O Bassman também tem evoluído bastante, já que pra ele, também, o violão era o instrumento com que estava acostumado durante toda a vida.

Como não estamos a fim de montar uma dupla sertaneja (pelo menos, por enquanto), trocar os violões pela guitarra e baixo ainda é nosso caminho.

E quarta-feira vamos tocar no estúdio novamente. Incrível como lá o som soa muito mais poderoso do que em casa, o que é óbvio. Provavelmente teremos a companhia de um parceiro do trabalho que estava a fim de tocar com a gente. Tudo combinado ele perguntou ao Bassman: “e aí, vou tocar baixo ou guitarra quarta-feira?”.

“Rapaz, você vai tocar bateria...” rsrsrs. Vamos ver...

Amar e mudar as coisas me interessa mais!