terça-feira, 12 de janeiro de 2010

UMA SÓ

Encontrei um parceirão para tocar (adoro trocadilhos infames; na verdade, não acho infames, acho geniais) adiante o projeto da banda. Acostumado à guitarra, ele ficou mais à vontade do que eu no baixo e decidimos que, por enquanto, será assim: ele no baixo e eu na guitarra.

Estamos empolgados com a idéia e motivados a estudar mais e mais os instrumentos.

No último sábado tocamos juntos por quase 4 horas. Foi a primeira vez dele no baixo e minha primeira vez também tentando tocar e cantar ao mesmo tempo. Então, não saiu nada muito redondo, mas o importante é que saiu algo. Ficamos relativamente satisfeitos e certos de que, com ensaio e estudo, em breve poderemos fazer um som legal.

No domingo, teve aniversário de minha irmã lá em casa: no fim da festa, meu pai ligou seu violão à caixa de som e disparou a tocar suas músicas, verdadeiros hits conhecidos e pedidos pela família. Nem preciso dizer que minha herança de compositor vem dele. Mas, infelizmente não herdei sua desinibição.

Atendendo a pedidos, depois de muito relutar, fui lá no microfone e na caixa de som tocar uma música minha.

Toquei uma música chamada “UMA SÓ”, cuja letra transcrevo mais abaixo.

Mas, no decorrer da execução da música fiquei meio nervoso; em vez de me concentrar no que estava fazendo, observei algumas expressões e achei que não estava agradando, que estava horrível e resolvi encurtar a música, encerrando no primeiro refrão e abandonando o posto. Toquei realmente “uma só”...

Uns primos protestaram, um outro elogiou a música, uma prima disse que não estava ruim, mesma avaliação de pais e irmãs (será que a avaliação é imparcial? rs).

Mas o fato é que, ruim ou não, eu não posso estar tão ligado no julgamento dos outros. Para conseguir tocar em público terei que trabalhar isso na cabeça. Concentrar no que estou fazendo sem me importar com julgamentos. Se não conseguir esse nível de abstração, tocar e cantar será sempre um fardo e não uma diversão. Talvez seja mais uma passo. Como diz meu pai, se fosse fácil, não teria graça.

Segue abaixo a letra dessa música, que será a próxima que pretendo gravar no home estúdio. Acho que tem a ver com a “crise dos 30” rsrs.

UMA SÓ

Eu poderia ter uma banda de rock
Ou poderia estudar pra ser doutor
E passar num concurso público pra fazer cumprir a lei
Ou fazer cursos pra aprender o que não sei (tipo francês)

Eu poderia passar a vida viajando
Não ter raízes nem nenhuma proteção
Seria garçom no Canadá, barman num pub irlandês
Ou ter família, filhos, salário burguês

E a gente tenta fazer tudo ao mesmo tempo
E o que dá grana é raro ser a grande paixão
Mas essa vida é uma só e não sou tão bom no futebol
E me permito ter um pouquinho de diversão


Eu poderia levar uma vida inconseqüente
Sem compromisso, objetivo, ou pretensão
Só ir pra festa tomar todas sem nenhuma sensatez
Mas nós só temos 20 anos uma vez...

E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora
Romances, trampo, estudo, prole e malhação
Porque essa vida é uma só e eu quero dar o meu melhor
Mas também gosto de assistir televisão

4 comentários:

  1. Friend, adorei a música. Nem preciso dizer que me identifiquei total, né? Mas eu adorei de verdade! Sucesso para os dois! Beijos

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  2. Valeu Lari! A intenção é que os dois virem três em breve... Como em muito breve também, vou disponibilizar o áudio dessa música. Que massa que vc curtiu! Já ouviu "Pé No Breque" no www.myspace.com/gugafilho ? É nessa mesma linha, acho que pode se identificar tb. Bjão, adoro sua presença aqui!

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  3. Trocadilhos são ótimos de vez em quando 'mata',mas são ótimos!! sobre as críticas receba o que der para construir de fato! ♪♫E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora♪♫ !!!

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  4. "♪E nós fazemos tudo ao mesmo tempo agora♪" A melodia é legal... Acho que vão gostar!bjos e thanks pela passagem por aqui.

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