segunda-feira, 16 de novembro de 2009

APAGÃO DA RAZÃO

Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos (humberto gessinger, piano bar). Incrível como a sexualidade feminina ainda é uma questão capaz de causar as mais absurdas reações, nas mais variadas situações. Não tenho a menor intenção (nem competência) para tecer uma análise a cerca de um evento tão esdrúxulo qto ao que ocorreu recentemente na Uniban.

Que a menina é extremamente vulgar é fato. Que provocou, se exibiu, e teve uma postura talvez inadequada para o ambiente acadêmico, idem. Mas... agressão? Expulsão (a agressão institucionaliozada)? E mais, na tentativa de ofensa, a mulher é logo taxada de puta.

Aprofundando um pouco, puta, nesse caso, seria gostar de sexo, ter vários parceiros, ser promíscua? E isso seria uma ofensa grave (na intenção de quem xinga). A mulher não pode gostar de sexo, ter vários parceiros, ser promíscua, se quiser? A mulher que se porta como tal, deve ser identificada, hostilizada, agredida e expulsa? Em pleno 2010, num país ocidental e tropical? Luz! Quero luz! (chico buarque, vida).

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